Rocha Madahil escreveu em 1966 um artigo, baseado numa descrição dos finais do século passado (séc. XIX), o seguinte, como se pode ler em “Gafanha da Nazaré – Escola e comunidade numa sociedade em mudança”, de Jorge Arroteia e outros:
“são denominados gafanhões os habitantes da Gafanha. O seu typo physionomico denuncia feição árabe. Os homens são robustos e de boas formas, e as mulheres de mediana estatura, mas cheias e vigorosas. São de carácter expansivo e índole benévola. É raridade o casamento de um gafanhão, homem ou mulher, fora da colónia, que talvez por isso conserva immutavel a sua feição primitiva.”
Nota: Com tanta mistura de gentes de tantos sítios, estou em crer que Rocha Madail, se fosse vivo, ficaria altamente espantado com os actuais gafanhões e gafanhoas.
FM
Foto da Família Ribau, cedida pelo Ângelo Ribau António Gomes da Rocha Madail escreveu na revista “Aveiro e o seu Distrito”, n.º 2 de 1966, um artigo com o título de “Impressões de Aveiro recolhidas em 1871». Cita, em determinada altura, “Recordações de Aveiro”, de Guerra Leal, que aqui transcrevo: (…) «No seguimento d'esta estrada ha uma ponte de um só arco, por baixo da qual atravessa o canal que vai a Ilhavo, Vista Alegre, Vagos, etc., e ha tambem a ponte denominada das Cambeias, proxima à Gafanha. É curiosa e de data pouco remota a historia d'esta povoação original, que occupa uma pequena peninsula. Era tudo areal quando das partes de Mira para alli vieram os fundadores d' aquelIa colonia agricola, que á força de trabalho e perseverança conseguiu, com o lodo e moliço da ria, transformar uma grande parte do areal em terreno productivo. Foi crescendo a população, que já hoje conta uns 200 fogos, e o que fôra esteril areal pouco a pouco se transformou em fertil e
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