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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2011

Janeirantes de Ílhavo

Os Janeirantes Tudo começou em 2002… Talvez “cansados” do tradicional peditório, talvez esperançados de que o cantar noturno sensibilizasse os corações para um maior apoio à festa do Senhor Jesus dos Navegantes… atirou-se este pequeno grupo (João Oliveira, Ascensão Gonçalves, Emílio, Clotilde, Lídia Teiga, Teresa Teixeira, Nilce, Zaira Bairrada, Rosinha Ribeiro e Judite Lopes) à aventura de cantar as Janeiras, calcorreando as ruas desta nossa Vila que agora é Cidade… apenas com uma viola, que, nas mãos do digníssimo Juiz da Festa João Oliveira, servia de apoio às vozes que, pela primeira vez, saíram pelas ruas no já longínquo janeiro de 2002. Embora o resultado e a receção não tenham sido muito animadores, ficou a ideia de que, com um grupo e suporte musical maiores, contemplando todas as ruas e becos ao longo das todas as sextas-feiras e sábados do mês de janeiro, das 20.30 às 23 horas, talvez valesse a pena… quanto mais não fosse para manter uma “tradição”, que muitos teimam em

Pescador e Seca do Bacalhau

Esta fotografia, tão antiga, ou quase, como a Gafanha da Nazaré, mostra-nos um dos nossos antepassados, em pose autêntica. De barrete na cabeça, barba, cajado debaixo do braço e cordas nas mãos para um qualquer fim, ali está, talvez sabendo que vai ficar para a história. Ao fundo, uma seca e lugres, então de três mastros. A quem o identificar dou-lhe um doce...

Costa Nova dos anos sessenta

Para quem não sabe, ou não recorda bem, a Costa Nova já teve a ria a beijar-lhe os pés. De uma qualquer esplanada, onde os cafés têm outro sabor, poderia conviver-se mais de perto com a maresia. Depois nasceu o largo com relva, árvores e passeios, que também terá as suas vantagens. Confesso, no entanto, que tenho saudades dos tempos em que a ria nos enchia os olhos e a alma, sem ser necessário ir à procura dela.

Gafanha da Nazaré: Para a história do Cortejo dos Reis

Reis Magos no palácio de Herodes Mulher da seca: década de 40 Beijar o Menino Pouco se sabe das festas de Natal e Reis, que hoje suscitam tantas vivências entre nós. Curiosamente, ou talvez não, o Padre Resende nada diz sobre o Cortejo dos Reis. Mas a tradição garante que estes cortejos fazem parte da nossa maneira de viver esta quadra tão significativa. Recorrendo ao testemunho dos mais velhos, vamos à cata do passado, com estórias que passam de pais para filhos. Até nós. Diz-se então que na altura desta festa o povo costumava levar as suas ofertas ao Menino à então capela da Chave. Dos avós de Alexandrina Cordeiro, a primeira batizada na nossa paróquia, saíam uma mesa e cadeiras para à porta do templo compor o cenário para a representação de um auto de Natal ou dos Reis. Era costume de Ílhavo, como refere António Capão em estudo publicado na revista “Aveiro e o seu Distrito”, números 2 e 3, sobre “As Janeiras, as Pastoras e os Reis”. Nesse trabalho afirma, sem precisar datas, que

Farol da Barra de Aveiro: Vista Geral

Mais uma fotografia do nosso Farol, o mais alto de Portugal, agora numa vista geral, provavelmente captada de algum avião. Há diversas versões de outros tantos momentos históricos. O que é autêntico é que nunca nos cansamos de o ver, registado  dos mais variados ângulos. A publicação de fotografias ou postais antigos tem suscitado algum interesse e já muitos leitores me enviaram motivos para publicação. Claro que há repetições, mas é sempre agradável participar nesta forma de partilhar o que temos de bom.

Antigo Esteiro do Forte

Esteiro Oudinot Esta foto do antigo Esteiro Oudinot com seu jardim permanece na memória de muita gente da minha geração. Trata-se da geração que desfrutava deste oásis verdejante banhado pela ria, com suas bateiras e botes de pescadores artesanais e outros, mas também de agricultores que apanhavam o moliço para fertilizar os seus terrenos. Do lado direito, em direcção a Leste, havia um pomar que fazia as delícias da rapaziada em dias quentes do verão. Atravessava o esteiro e lá se saboreava fruta variada e fresca, até o guarda surgir ameaçador. Aos domingos, no estio, era local de merendas de famílias inteiras. Bons tempos.

Gafanha da Nazaré: Farol e canal de Mira

Aqui está, para delícia dos que gostam de recordar o passado, uma bela imagem de tempos idos, que ainda apreciei com gosto na minha meninice e juventude, do canal de Mira, também designado por canal do Desertas, em recordação do feito histórico do salvamento do Vapor Desertas, que encalhou ao sul da Costa Nova em 18 de novembro de 1916. Paisagens destas, com moliceiros ancorados e na faina, com farol à vista, agora só para turista ver. E já não é mau. Mas que não é a mesma coisa, lá isso não é.

Forte da Barra

Esta imagem correu mundo como postal ilustrado, se assim se pode dizer. É o nosso Forte da Barra, também conhecido por Castelo da Gafanha. No fundo, apresenta-se como torre de sinais para os navegantes se orientarem, não fosse dar-se o caso de ficarem presos e perdidos  nas areias movediças das dunas.

Estória: Retratos

«Estou a ver os homens baixos e magros de camiseta e de ceroulas compridas, de flanela, estas com atilhos amarrados nas canelas, barba por fazer (só se fazia aos sábados, no barbeiro), boné ou chapéu na cabeça, mãos gretadas pelo trabalho duro, descalços, rostos envelhecidos, queimados pelo vento e pelo sol impiedosos, força de vontade férrea, poupados, com gosto pelo trabalho e pela solidariedade tantas vezes manifestada, religiosos sem beatices, amigos dos seus amigos. As mulheres baixas e de pernas grossas, sem cintura e sem pescoço, olhos ingénuos, de chapéu de palha na cabeça por cima de um lenço que amarrava sobre o chapéu, roupas escuras, exceto ao domingo, em que se abusava da cor garrida, sobretudo as das secas do bacalhau, pernas com canos (meias sem pés) enfiados para o sol não as queimar, que era fino tê-las brancas, descalças, mãos gastas pelo trabalhos, tranças na cabeça, porque “permanentes” eram para as da cidade, religiosas sem exageros, amantes do trabalho e poupadas

2011: O ano do Acordo Ortográfico

A partir de hoje, os meus escritos no Pela Positiva e no Galafanha vão ter a marca do Acordo Ortográfico. Trata-se de um ensaio para me adaptar às novas regras estabelecidas para escrever em Português. Decerto haverá falhas e erros, que isto de alterar hábitos não é coisa fácil. Não é a caminhar que se faz caminho? Fernando Martins