PITADAS DE SAL – 41
ANCORADOUROS
Caríssima/o:
O que aí fica como «imagem» dava pano para mangas e ainda sobrava para fazer uma vela para o nosso bote. De fato, a listagem encontrei-a no livro “ I Seminário Internacional sobre O SAL PORTUGUÊS”, na página 243, num trabalho de Miguel Nogueira: «Imagens cartográficas da vitalidade económica da Ria de Aveiro em 1934».
Como alguns, também procurei o “cais” que ficava mais perto de minha casa; e lá está: é o número 105 – Desembarcadouro da Ponte da Cambeia. Contudo, e pensando melhor, depois das primeiras e mais fortes emoções (que estes encontros dão-nos sempre voltas à cabeça…), me parece que o 106 – Desembarcadouro da Ponte do Paredão terá sido mais impressivo na minha meninice.
O que nos traz aqui é o sal e não vamos dar mergulhos nem cair à água, ou ficar estáticos a “remirar” pela milésima vez o “postal” trazido pelos labregos a navegar pelo Esteiro Grande e a querer passar por baixo da Ponte (claro que tinha que ser por baixo!...), no pico da maré cheia! Oh tristes! O que eles ralhavam, praguejavam, retesavam os músculos…
Ou então o da chegada do barco que trazia as compras feitas em Aveiro nesse domingo de madrugada, anunciada pelo búzio…
Mas é de sal que se trata… Acompanhemos Miguel Nogueira em dois parágrafos: