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segunda-feira, 14 de março de 2016

Gafanha da Nazaré — Terceira Década

1930 -1939

Algumas considerações 
sobre a nossa freguesia e paróquia

A terceira década da vida da freguesia e paróquia foi assinalada por três grandes acontecimentos:  Em 1933 é aprovada a constituição da República, sob o signo da política de Salazar, que haveria de se impor ao país até ao 25 de Abril de 1974. Antes da sua publicação, Salazar, em 1932, na tomada de posse, afirma, categoricamente, como que a garantir o comando geral da política portuguesa: «Sei muito bem o que quero e sei para onde vou.»
Sem participação democrática, fechada sobre si mesma, a constituição estabelecia um regime corporativo e indiferente às democracias que se iam estabelecendo na Europa. Foi essa política que proclamou, pela voz de Oliveira Salazar, a célebre frase do «orgulhosamente sós», em defesa do Portugal multicultural, multirracial e multicontinental.
Em 1938, a Diocese de Aveiro foi restaurada, sendo constituída por paróquias das Dioceses de Coimbra, Porto e Viseu. Deixámos, então, a Diocese de Coimbra. 
Ainda em 1938, os gafanhões assumem mais um grande projeto de unidade, com a criação da Cooperativa Eléctrica da Gafanha da Nazaré. Até essa altura, a iluminação estava entregue ao candeeiro a petróleo ou às lamparinas e velas.
A emigração continua e as indústrias e o comércio multiplicam-se. Pesca do bacalhau e secas dão mais vida à nossa terra e região. Estaleiros requerem técnicos e artistas da enxó e do machado.
Nesta década surge na região Carlos Roeder, um empresário com visão de futuro e fundador na década seguinte dos Estaleiros de São Jacinto.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Gafanha da Nazaré — Primeira Década

1910-1919

Igreja inaugurada em 14 de janeiro de 1912

A freguesia da Gafanha da Nazaré é criada numa época marcada por algumas transformações importantes, tanto para o País como para a Igreja Católica. Os moradores, povo crente, sabem escudar-se na Igreja e nas suas organizações para cimentar novas raízes neste espaço de areias soltas e movediças, onde levantam modestas habitações.
Como desde os primeiros tempos da sua fixação, nesta zona de ria e mar, a construção das habitações convoca a troca de saberes e a ajuda mútua. Desde o fabrico dos adobes, nas dunas, terra de ninguém e de um ou outro proprietário, junto à actual Mata da Gafanha, até ao levantar da casa em terreno oferecido pelos pais dos nubentes. 
Erguidas as paredes, apenas deixam mais ou menos concluídos a cozinha e um quarto. Tudo o mais fica para mais tarde, quando houver poupanças ou heranças. Quarto de banho não existe, mas não faltam os currais para o gado e para a criação. 
A agricultura em terrenos dos pais ou arrendados é a base da subsistência. Outros “andam de fora” como jornaleiros e seareiros, expressão usada nos registos de casamento, baptizado ou óbito.
Depois a pesca, as obras da barra, estaleiros, as secas e demais empresas ligadas às indústrias e comércio. Há conhecimento de que gafanhões emigram para os Estados Unidos e para o Brasil.

Arquivo do blogue

TRADUÇÃO

GAFANHA -Séculos X-XII

O mar já andou por aqui... E se ele resolve regressar? Não será para o meu tempo, mas pode acontecer um dia!