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domingo, 14 de abril de 2013

Modelo da bateira labrega

António Marques da Silva,
no Marintimidades


A labrega do Ti Tainha

«Quando pela primeira vez consultei a obra de D. José de Castro,Aveiro – Estudos Etnográficos, foi com alguma surpresa que vi aplicado o nome de bateira labrega a uma determinada embarcação da ria de Aveiro.
Não quero dizer que tenha pretensões de conhecer todos os tipos de bateiras, mas conhecia alguns e fiquei deveras curioso por nunca ter ouvido falar desta.
Será que tinha desaparecido por completo?
Fui à Torreira e procurei, perguntei, fotografei, mas não consegui encontrar o que procurava, nem alguém que me desse dela alguma informação.
Verifiquei posteriormente que tinha seguido o rumo errado, pois se tivesse procurado pela Costa Nova, teria aí encontrado o esclarecimento para a minha ignorância.
A Dra. Ana Maria Lopes não só sabia bem da sua existência, como tinha na sua colecção muitas e boas fotografias de A PRETA, bateira do Ti Tainha, pescador murtoseiro, que trabalhava com a armação da rede do salto.
Como é notável a descrição desta arte, feita pela nossa cara amiga, que embarcou nesta bateira e fotografou todo o trabalho de uma maré desta pesca.»

Pode ler mais aqui

domingo, 11 de novembro de 2012

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 316

PITADAS DE SAL – 46 



ESTALEIROS DE BATEIRAS 


Caríssima/o: 

Falar de sal é evocar a vida; sal é vida. 

Para fabricar o sal a gigantesca roda da vida funcionava em pleno. Contemplar a faina dos nossos marnotos era um mergulho na mais extraordinária “colmeia”. O número de bateiras que se movimentavam para e pelas marinhas era incontável. Quem as construía? Onde? 
Podemos dizer que as margens da Ria eram um imenso, enorme estaleiro. Os navios tinham a sua zona, ali nos estaleiros Mónica e, mais tarde, em S. Jacinto (esqueçamos por momentos os estaleiros do Bico da Murtosa!). Para estes navios eram construídos dezenas de botes, nas “oficinas” das secas. Mas as bateiras, nasciam nos locais mais incríveis e depois eram levadas em carros de bois, em alegre cortejo, para o bota-abaixo no esteiro mais próximo. (Na freguesia do Monte, na Murtosa, há uma rua, a Rua dos Construtores Navais, de onde saíam bateiras em meados do século passado.) Do muito que se poderia escrever e carrear, apenas dois recortes. 

Primeiro, Gaspar Albino leva-nos até Aveiro, ao canal de S. Roque:

domingo, 19 de agosto de 2012

Tecendo a vida umas coisitas - 304



PITADAS DE SAL – 34


CORRIDAS DE BATEIRAS … E AS OLIMPÍADAS


Caríssima/o:

Terminado mais um dia de intensa faina na marinha da Novazinha das Canas, o ti Manel Elviro deu as ordens devidas para iniciarmos o regresso. Momento sempre ansiado por todos, cada um com as suas razões e com o seu lugar e tarefa na bateira. Parece que ainda estou a ver: chegados à Cale e aproados para atravessar, era certo ouvirmos o entusiasmo do Ângelo:
- Ali vão eles! Aquilo é que é andar!
E, de fato, eles lá iam a remar como valentes e a competir bateira com bateira; ele até sabia os nomes deles e as marinhas que amanhavam…
Não admira[va], pois, que estes “[R]apazes fortes, rijos, queimados pelo sol e curtidos pelo sal e pelo lodo, ei-los que durante anos ergueram bem alto o nome do Galitos, nos jogos olímpicos de 1948 e 1952, competindo em remo”.
Era, sem dúvida, desta “escola” que saíram os que “[E]m 1948 e em 1952, tripulações de sheel de 8 (remo) participaram nas Olimpíadas de Londres e de Helsínquia, respetivamente. No conjunto, as duas englobaram 14 remadores dos quais apenas um não era marnoto. Estes desportistas juntavam à resistência física adquirida na faina e à familiarização com os remos com que moviam as bateiras nas deslocações diárias para as marinhas, no trajeto de ida e no de volta, o treino específico. Como atletas ganharam a nível nacional e ibérico 'tudo quanto havia para ganhar' ao longo de mais de uma década, congregaram a dupla faceta de marnotos e de remadores. ...” [Énio Semedo, Ecomuseu do salgado de Aveiro, 204]
Ora bem: em plena jornada olímpica o Ângelo terminou a sua corrida. Enquanto correu, fez quanto lhe competia: puxava e animava os outros para que não ficassem para trás!
Que o seu querer e o seu ser, nos estimulem a não virarmos a cara ao nosso ouro olímpico!
                                                                         Manuel



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Livros que vale a pena ler e preservar




Há livros que vale a pena preservar, para memória futura. Sem ficarmos nostálgicos a olhar apenas para o passado, como sinal de gratidão por aquilo que herdámos de muito bom, importa construir um presente que tenha repercussões no futuro. Um desses livros, a que fiz referência aqui, é dos tais que precisam de ser lidos e guardados. Os que nos hão de suceder não deixarão de apreciar a forma como os nossos avós andavam pela laguna.

Arquivo do blogue

TRADUÇÃO

GAFANHA -Séculos X-XII

O mar já andou por aqui... E se ele resolve regressar? Não será para o meu tempo, mas pode acontecer um dia!