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sábado, 26 de maio de 2012

Uma estória da Cooperativa Elétrica

O contador não é automático


A CEGN (Cooperativa Elétrica da Gafanha da Nazaré) teve vida longa, com a grande maioria dos proprietários ou arrendatários de habitações como cooperantes, razão fundamental para ter energia elétrica em casa. A contagem da luz era mensal, feita pelo cobrador do consumo referente ao mês anterior. 
Sem qualquer anúncio, em época de alguma folga económico-financeira da cooperativa, era perdoado um mês aos cooperantes. As reparações e ligações, esta mediante o pagamento do valor de uma acção, ficavam a cargo de uma equipa técnica, que mantinha a assistência 24 horas por dia. No Inverno, sobretudo, era frequente falhar a corrente, mas no mesmo dia, por norma, era reparada a avaria. 
Um dia, o cobrador António Próspero dirigiu-se à casa de um lavrador já idoso, que protestou contra o facto de estar sem luz há um mês. 
— Todos os dias, à noitinha, ligo o interruptor e nada — disse ele. 
— E comunicou isso à cooperativa? 
— Eu não; estava à espera que o senhor por cá aparecesse. 
Quando a equipa técnica lá foi para ver o que se passava, verificou que estava tudo em ordem, apenas o contador estava desligado. 
— Ó senhor, aqui não há avaria nenhuma. O senhor mexeu no contador? 
— Mexi, mexi, há um mês, quando houve uma trovoada muito forte! 
— Pois é; devia tê-lo ligado, porque isto não é automático.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cooperativa Elétrica da Gafanha da Nazaré foi constituída em maio de 1938


Professor Filipe


Em 7 de Maio de 1938, por escritura pública lavrada no cartório notarial do Dr. Adelino Simões Leal, e publicada no Diário do Governo, de 4 de Junho do mesmo ano, foi constituída a Cooperativa Elétrica da Gafanha da Nazaré (CEGN), com o objetivo de adquirir e fornecer energia elétrica aos seus cooperantes. 
Até essa altura, a laboriosa população da Gafanha da Nazaré alumiava-se com os candeeiros a petróleo, velas, lanternas, quando não apenas com a fogueira do borralho. Também o Farol da Barra de Aveiro utilizou o petróleo para alimentar o foco luminoso, que guiasse os navegantes, até 1936, ano em que passou a beneficiar da energia elétrica, fornecida por um sistema eletrogénio. 
Perante a incapacidade de a Câmara Municipal de Ílhavo se responsabilizar, através dos seus serviços, pelo fornecimento de energia, que era uma necessidade, tanto para as populações como para o comércio e indústria da Gafanha da Nazaré, um grupo de gafanhões avançou com a ideia de criar uma cooperativa. Mestre Manuel Maria Bolais Mónica surgiu à frente de alguns conterrâneos, entre professores, comerciantes, industriais, proprietários e um sacerdote. 
Os mentores do projeto percorreram a freguesia, numa tarefa de sensibilização, considerada importante, e de angariação de sócios, cujo número justificasse a criação da referida instituição. 
Nesse grupo havia representantes de diversas classes sociais, que registamos para a história:

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TRADUÇÃO

GAFANHA -Séculos X-XII

O mar já andou por aqui... E se ele resolve regressar? Não será para o meu tempo, mas pode acontecer um dia!