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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Obra do Apostolado do Mar na Diocese de Aveiro - 5

: D. Manuel assina o documento que acompanhou a primeira pedra
CONSTRUÇÃO DO ACTUAL EDIFÍCIO DO STELLA MARIS
Em 1982, graças a um subsídio do Governo, foi possível iniciar o processo de construção do actual edifício do Stella Maris, para substituir o antigo pavilhão pré-fabricado. Com o apoio das Câmaras de Aveiro e Ílhavo, o Gabinete Técnico de Aveiro deu início ao projecto da construção. No dia 18 de Setembro de 1983, dia da Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, foi possível celebrar a bênção e lançamento da primeira pedra da nova casa do Stella Maris. Presidiu à cerimónia o então Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade, estando presente D. António Marcelino, Bispo Coadjutor, bem como o secretário de Estado das Pescas e Assuntos Sociais, o Governador Civil de Aveiro, os presidentes das Câmaras de Aveiro, Ílhavo e Murtosa, o comandante da Capitania do Porto de Aveiro, o director e presidente da JAPA (Junta Autónoma do Porto de Aveiro), outras autoridades do Distrito, armadores e muitas pessoas ligadas às actividades marítimas. Graças aos esforços de todos quantos têm trabalhado neste clube da Obra do Apostolado do Mar, foi possível construir a primeira fase do projecto, que comportou sala de refeições, bar, cozinha, escritório, recepção, armazém, 15 quartos com casas de banho privativas e um salão de reuniões. Esta primeira fase, que importou em 13 mil contos, foi inaugurada no dia 10 de Novembro de 1985. Presidiu à cerimónia da bênção do novo edifício o Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade. FM Fonte: “Gafanha – Nossa Senhora da Nazaré”, de Manuel Olívio da Rocha e Manuel Fernando da Rocha Martins

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Obra do Apostolado do Mar na Diocese de Aveiro - 4

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Edifíco pré-fabricado numa fase adiantada da construção


“AINDA A OLHAR O STELLA MARIS”

Como já aludimos no último número, quedámo-nos de novo junto do Stella Maris. Observara que um dos nossos capitães, cujo nome, ainda que autorizado, omito, estava acompanhado de familiares a prestar atenção ao alçado lateral, onde uma nova varanda, de bom traço, surgiu há pouco tempo.
O jornalista quer novidades, pontos de vista, opiniões divergentes, embora! E “pescar” um capitão dos mares brancos e frios da Terra Nova, ao sol da nossa verde Gafanha e a “sonhar” o Stella Maris, era estar “de quarto” em terra, era continuar de vigia…
Cá como lá, é preciso aproveitar a hora. E a rede-diálogo lançada trouxe nas malhas mais uma opinião rija:
– Meu caro capitão, posso colher de si umas frases-chave, que sejam sensação, sobre esta obra?
– Meu amigo, não! Entre homens do mar, duvido que encontre o que quer. Nós olhamos e sentimos sempre mais do que falamos, e numa palavra dizemos tudo!
– Não será bem assim… e hoje mesmo queremos prová-lo!
– Ai não tenha dúvida: a ausência prolongada habitua-nos a um mundo silencioso e o polvo de mil braços do “diz-se que…” recebe da nossa parte um encolher de ombros tão desajeitado, que o atira logo ao mar.
– Bom, isso acreditamos. Mas… agora são outras falas, capitão! Não é o ontem que aconteceu. É o Stella de amanhã…
– Tanto faz ser, como não ser! Palavras bonitas, não são connosco, homem. Comigo pelo menos! Deixe lá de pensar agora no jornal, que às vezes até estrangula uma opinião sincera e vamos os dois olhar para isto. Sabe uma? Quando você chegou, estava o meu filho mais velho a dizer-me:
– Ó pai, eles não se terão lembrado de pôr aqui ao lado um relvado, para darmos uns chutos? Achei piada e respondi:
– Pois tens razão: aqui vale a pena jogar-se, rapaz! O Stella Maris é avançado centro! Mas logo me ocorreu por isso, que realmente são horas de ir pensando em coisas a fazer e um desafio de futebol como receita para a construção, não era disparate. Que diz? (Meteu-me o braço, disposto a cavaquear. Fugi-lhe).
– Que digo? Que me vou embora, com a tarefa cumprida. Pois se já vai assim o entusiasmo, para quê procurá-lo mais? E abalámos impressionados com o calor que por aqui já toma esta obra do Apostolado do Mar, o Stella Maris, que bem pode chamar-se o Stella Maris da Beira Litoral, o Stella Maris de quantos, pela sua varanda, olharão mais longe!

Texto não assinado, publicado no “Timoneiro” de Maio /Junho de 1973
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domingo, 20 de julho de 2008

Obra do Apostolado do Mar na Diocese de Aveiro – 3

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Preparação do terreno para a implantação do Stella Maris pré-fabricado


“OS QUE OLHAM O STELLA MARIS”



O Stella Maris de Aveiro hoje é mais do que assunto, porque é obra erguida. Pequena ou grande, bem ou mal delineada, ali está já na Gafanha, onde tomou corpo e agora, já com cor, começa a falar por si a quantos o interrogam. Paredes levantadas, já o telhado o cobre para que depressa cubra aqueles a quem pertence. A olhá-lo como os outros, parámos a uns passos. Cruzou connosco gente curiosa, interessada. Identificámos um tripulante e quisemos ouvi-lo. Falámos e da nossa conversa guardámos das suas palavras sadias, que passamos a transcrever:
– Então que diz a isto?
– A obra vai! Mas nós temos pressa, sabe? É difícil explicar. É assim como ver crescer a nossa casa. Apetece-nos já lá estar dentro! E olhe que todos os dias aqui venho e já não sou só eu! Pois como é? Se a apanho pronta ainda julgo que será mentira!
– A construção com aquela cor azul, já é realmente outra! Agrada mesmo e até parece maior!
– Cá para mim, está bonita, sim senhor! Mas cuida que está pronta? Ainda falta um mar de coisas, homem! Nunca ouviu dizer que os acabamentos são o pior? E depois montar a “máquina”? Móveis e mais que é preciso? É uma labuta grande, é…! Mas a rapaziada precisa e temos de ser uns para os outros. O que custa é que vale! Somos desta têmpera, sabe? Ali se há-de cavaquear, juntar famílias e até para os de passagem, ser família também. Os de terra depois, é que hão-de ver como é e a falta que isto fazia!
– Pois sim senhor, gostei de o ouvir. Obrigado, amigo! Se todos assim pensassem não havia entraves para os projectos “valentes”! Na obra, não podemos dizer que se nota azáfama. Antes trabalho compassado, pancadas certas de marteladas seguras.
Assistimos à descarga de mais material e vimos “encher” com tijolos os baixos da construção.
Como o nosso homem do mar, também nós voltámos mais tarde. Afrouxámos e passámos à escuta. Mas dessa nova conversa daremos conta no próximo número…

In “Timoneiro” de Maio/Junho de 1973


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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Obra do Apostolado do Mar na Diocese de Aveiro - 2

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D. Manuel de Almeida Trindade



Decreto da erecção canónica da Obra do Apostolado do Mar


"Considerando as normas peculiares estabelecidas pela Santa Sé, designadamente as que constam do Decreto da Comissão Pontifícia para a Pastoral das Migrações e Turismo, de 24 de Setembro de 1977;
Desejando promover o bem espiritual, moral e social dos marítimos e suas famílias;
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HAVEMOS POR BEM:

1) – Erigir canonicamente em pessoa moral eclesiástica a OBRA DO APOSTOLADO DO MAR, com sede na Casa “Stella Maris” de Aveiro, sita na freguesia da Gafanha da Nazaré, do concelho de Ílhavo, desta Diocese de Aveiro, que será representada pelo presidente da Direcção Administrativa, a qual é o órgão de acção permanente (Artigos 1.º, 14.º e 30.º);
2) – Aprovar os Estatutos por que se há-de reger a Obra na Diocese, os quais constam de trinta e oito artigos, distribuídos por cinco capítulos, ficando um dos exemplares arquivado nesta Cúria Diocesana;
3) – Mandar que desta erecção canónica se dê conhecimento à competente Autoridade Civil, para os devidos efeitos legais, segundo o estabelecido na Concordata entre a Santa Sé e a República Portuguesa.”

26 de Janeiro de 1979


Manuel de Almeida Trindade,
Bispo de Aveiro



:NOTAS:

1 - Nessa mesma data é feita a comunicação da erecção canónica ao Governo Civil de Aveiro;
2 - Em 31 de Maio de 1983 são aprovados os novos estatutos da Obra do Apostolado do Mar;
3 - Em 6 de Julho de 1983 é nomeada pelo Bispo de Aveiro a Direcção da Obra do Apostolado do Mar, com sede no clube "Stella Maris" de Aveiro, sito na Rua dos Bacalhoeiros, da paróquia da Gafanha da Nazaré;
4 - A Direcção fica assim constituída:
Presidente - Carlos Sarabando Bola;
Vice-Presidente - Padre Rubens António Severino;
Vice-Presidente - Fernando Jorge Vieira Ribau;
1.º Secretário - Olinto Henrique da Cruz Ravara;
2.º Secretário - António Manuel de Oliveira Fernandes da Silva;
1.º Tesoureiro - Alberto Almeida Monteiro;
2.º Tesoureiro - João Saraiva Sardo;
Assistente Religioso e responsável pela Acção Pastoral - Padre Messias da Rocha Hipólito.


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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Obra do Apostolado do Mar na Diocese de Aveiro - 1

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Pavilhões pré-fabricados


Clube Stella Maris


Em maré de celebrações, que o Clube Stella Maris, da Obra do Apostolado do Mar (OAM), está a promover, importa registar os passos relevantes, que fizeram história, desta instituição da Diocese de Aveiro, vocacionada para o apoio aos marítimos e suas famílias. Tal, porém, só será possível com achegas e documentos que urge recolher e publicar, com o cuidado e o rigor indispensáveis. É o que me proponho fazer, neste meu espaço, dedicado à Gafanha da Nazaré, embora a OAM seja uma estrutura de âmbito diocesano.
Tanto quanto é possível saber, a OAM começou a ter raízes, entre nós, em 1966, como refere um texto publicado em capítulo que lhe é dedicado na monografia da paróquia da Gafanha da Nazaré, da autoria de Manuel Olívio da Rocha e Manuel Fernando da Rocha Martins, com edição de 1986. Diz ele que, em 14 de Abril de 1966, sendo “legítimo representante da Obra do Apostolado do Mar (….), o actual Director Nacional, Padre Francisco Antunes Santana”, compete-lhe, como tal, “assinar a escritura de compra de um terreno pertencente a Fernando Lagarto, sito na Gafanha da Nazaré, …”
A escritura da compra dos terrenos acaba por acontecer em 1971, com o Padre Messias da Rocha Hipólito a intervir, na qualidade de gestor da OAM. E nesse mesmo ano foi adjudicada, à firma João Nunes da Rocha, a construção de dois pavilhões, em pré-fabricado, concluídos e montados em 1974.
Entrou em funcionamento só depois do 25 de Abril de 1974, embora provisoriamente, por falta de estruturas logísticas e humanas. Tal somente foi acontecendo, como resposta a necessidades que foram surgindo, por se sentir que as portas estavam abertas para ajudar os homens do mar e suas famílias.

Fernando Martins
NB: Continuarei a publicar o que for recolhendo
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TRADUÇÃO

GAFANHA -Séculos X-XII

O mar já andou por aqui... E se ele resolve regressar? Não será para o meu tempo, mas pode acontecer um dia!