Mostrar mensagens com a etiqueta Doenças nas Marinhas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Doenças nas Marinhas. Mostrar todas as mensagens

domingo, 14 de outubro de 2012

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 312

PITADAS DE SAL – 42 



DOENÇAS NAS MARINHAS 

Caríssima/o:

Normal será que alguém pergunte se as marinhas de sal sofrem de alguma doença. E um bom marnoto logo acenará afirmativamente com a cabeça. Procurando nos manuais, podemos ler: 

«Ronha f. Doença das salinas, produzida pelo vento do sul ou de leste, que torna a água gordurenta e incapaz de produzir sal.» 

Porém, não era destas doenças que pretendia falar, mas sim das que porventura atacavam as pessoas que aí trabalhavam, motivadas por esse trabalho ou pelas condições em que era executado. 
E o nosso Ângelo escrevia: 

«Havia ainda outra coisa terrível. Quando vínhamos da marinha, tínhamos de pegar nos bois, pô-los ao carro, e ir com eles buscar carradas de milho às terras, para no dia seguinte ser desmantado. Não havia sapatos para os pés, não havia qualquer protecção. 
Os troços do milho eram duros e feriam-nos os pés, especialmente entre os dedos. No dia seguinte, na marinha, era uma desgraça pôr os pés naquela moira tão salgada. Só quem já sentiu tais dores, pode na verdade avaliar esse sofrimento! 
Tanto valia pôr “pachos” (pedaços de pano embebidos em colódio) nessas feridas como não. Ia-se à farmácia, comprava-se o colódio, e antes de ir para a moira, enchiam-se os “poços” (buracos feitos na carne pelo sal e a moira), com o colódio, que se colava na carne, por algum tempo. 
As canelas, que enfolavam com o bater do sal, eram protegidas com “encoiras” normalmente de borracha, e que iam do pé até ao joelho, sendo amarradas com fio.» 

E na mesma linha avança Énio Semedo: 

Arquivo do blogue

TRADUÇÃO

GAFANHA -Séculos X-XII

O mar já andou por aqui... E se ele resolve regressar? Não será para o meu tempo, mas pode acontecer um dia!