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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Escolas na Gafanha da Nazaré

Escola Feminina da Marinha Velha. Classe de 1958,
com a sua professora. Algumas meninas descalças

Em 7 de Julho de 1880 é criada a Escola Masculina na Gafanha e um ano depois, a 24 de Dezembro, surge a Escola Feminina. A primeira funcionava na zona do actual Lar Nossa Senhora da Nazaré e a segunda na Cale da Vila.
Segundo a MG, o primeiro professor oficial da Gafanha [todas as actuais Gafanhas] foi o Padre João da Silva Gomes, natural da Légua (Ílhavo), que faleceu pároco aposentado do Troviscal.
Depois dessas metas, outras foram respondendo aos desafios da sociedade em franco crescimento a vários níveis. Escolas Primárias, Escolas Preparatórias e Secundárias. Depois do 25 de Abril, sobretudo, surgiram as Creches e os Jardins-de-Infância, as ATL (Actividades de Tempos Livres).
O ensino já não é fruto de circunstâncias ocasionais, para horas de sesta ou de serão, mas são resultado de políticas programadas e de concepções das novas sociedades para um novo homem, direccionado para um futuro altamente competitivo e suportado por tecnologias de ponta. O improviso, tão típico do povo português, passou à história, sendo substituído pela ousadia dos desafios, pela prontidão das respostas e pela coragem com que se enfrenta a ânsia de mais e melhor.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Aprender a ler e a escrever nas Gafanhas há 100 anos



É ponto assente que muitos dos primitivos povoadores da Gafanha eram, academicamente falando, analfabetos ou semianalfabetos. Teriam a cultura da experiência feita, do contacto com os familiares e amigos e do pequeno mundo que limitava os seus horizontes. Escolas não havia. Alguns padres preparavam os candidatos ao sacerdócio, sendo garantido e normal que um ou outro aluno derivasse para outras áreas do saber.
Do testemunho oral que colhi, do meu privilegiado interlocutor, João Catraio, à hora da sesta, no Verão, ou ao serão, no Inverno, os jovens de qualquer idade aprendiam a ler, escrever e fazer contas com mestres, sem estudos para além do essencial, colhidos talvez da mesma forma que agora seguiam.
Na época das colheitas, os pais ou os próprios alunos pagavam aos senhores mestres com géneros, da melhor maneira que podiam. Uns mais do que outros, conforme as posses.

FM

Nota: Do livro "Gafanha da Nazaré - 100 anos de vida"



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TRADUÇÃO

GAFANHA -Séculos X-XII

O mar já andou por aqui... E se ele resolve regressar? Não será para o meu tempo, mas pode acontecer um dia!