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domingo, 7 de abril de 2013

Escola de Música Gafanhense foi fundada neste mês

20 de abril de 1982 


Um músico em formação
(foto do meu arquivo)



Com ligação inicial à Filarmónica Gafanhense, a Escola de Música Gafanhense foi fundada em 20 de abril de 1982, com a finalidade de formar executantes para aquela banda, também conhecida por Música Velha. A ideia partiu de Dionísio Marta, que superintendia na filarmónica, acumulando o ensino da música a título particular. Dado o estreito relacionamento entre ambas as instituições, praticamente só os seus fundadores sabiam da sua independência estatutária. 
A Escola de Música foi considerada Instituição de Utilidade Pública em 20 de Dezembro de 1988 e em 11 de Outubro de 1994 foi inscrita no INATEL, organismo que, a partir daí, tem contribuído, regularmente, com alguns instrumentos. 
Em 18 de Junho de 1999, foi clarificada a situação quanto à forma de coabitação com a Filarmónica Gafanhense, passando a seguir o seu caminho com objetivos próprios e independentes.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Lançamento à água do “Novos Mares”


19 de março de 1958 

"Novos Mares" 
(Foto do blogue Marintimidades)

«No dia de S. José — 19 de Março — foi lançado à água o lugre bacalhoeiro NOVOS MARES, da firma Testa & Cunhas, Limitada. 
Comemorando este acontecimento foi oferecido um lauto jantar no Salão do Cine-Teatro Avenida ao qual assistiram, além de muitas outras individualidades o Ministro da Marinha, Governador Civil do Distrito de Aveiro e Comandante Henrique Tenreiro. 
Na carreira de construção foi dada a bênção pelo sr. D. Domingos da Apresentação Fernandes, Vigário Capitular da Diocese que dirigiu algumas palavras, em nome da Igreja. 
O Eng. Sobral, em nome da Empresa Construtora, Estaleiros Mónica de Manuel Maria Mónica & Filhos, saudou os presentes e expôs a necessidade de construção de ferro naqueles estaleiros. 
Em nome da firma Testa & Cunhas, L.da falou o seu gerente António Cunha congratulando-se com todos e a todos agradecendo. 
O Governador Civil, de palavra sempre fluente, renovou o pedido de construção de ferro. 
Historiou a Empresa Testa & Cunhas o Comandante Henrique Tenreiro. 
Finalmente o Ministro de Marinha, Almirante Américo Tomás encerrou a cerimónia. 
NOVOS MARES, descolou da carreira, entre palmas da numerosa assistência, depois da Esposa do sr. Eng. Higino Queirós, madrinha do barco, ter quebrado a tradicional garrafa de champanhe. 
Vinte anos atrás, a mesma ilustre senhora, em cerimónia idêntica, apadrinhava o afundado NOVOS MARES, da mesma empresa, há pouco perdido nas águas geladas do Norte.» 

Transcrição do jornal TIMONEIRO, de março de 1958 

Nota: Nesta efeméride limitei-me tão-só a transcrever a notícia do acontecimento, tal como foi publicada no TIMONEIRO, com toda a simplicidade. Contudo, não deixei de ler outras notas interessantes, registadas no blogue Marintimidades, de Ana Maria Lopes, que participou na festa. Os mais curiosos podem consultá-lo. 

Legenda da foto: NOVOS MARES. Foto do blogue de Ana Maria Lopes

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Efeméride: Portaria para a construção do Farol da Barra


Farol em construção


Janeiro de 1856: Nesta data foi assinada a portaria do ministro das Obras Públicas, engenheiro António Maria de Fontes Pereira de Melo, e dirigida ao diretor das obras públicas do Distrito de Aveiro, engenheiro Silvério Pereira da Silva, dando orientações para se avançar, rumo à futura construção do nosso Farol. Diz assim, na parte que nos interessa: 

«Há por bem sua majestade el-rei [D. Pedro V] ordenar que o director das obras públicas do distrito de Aveiro, de combinação com o capitão daquele porto, e com o director-maquinista dos faróis do reino, trate de escolher o local nas proximidades da barra que for mais próprio para a construção de um farol, — devendo o mesmo director, apenas se ache determinado o dito ponto, proceder, de acordo com o referido maquinista, à confecção do projecto e orçamento da respectiva torre com a altura conveniente para que a luz seja vista a dezoito ou vinte milhas de distância. 
Sua majestade manda, por esta ocasião, prevenir o sobredito funcionário de que encomendará em França, para ser estabelecido no mencionado local, um farol lenticular de segunda ordem, do sistema de mr. Fresnel, e semelhante ao que se destina para o Cabo Mondego, cujo desenho se lhe envia, com a diferença, porém, de ser girante para o distinguir dos faróis que ficam ao norte e ao sul daquele porto.» 

Fonte: “Gafanha da Nazaré — 100 anos de vida”

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Criação da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré






Quem hoje passeia pelo Jardim 31 de Agosto, visitantes ou naturais da Gafanha da Nazaré, talvez nem sequer imagine o porquê da data que dá nome à praça. Pois o 31 de agosto assinala a assinatura do decreto de ereção canónica da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, assinado pelo Bispo-Conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina. Aqui o publicamos para memória futura. 


Ereção Canónica da paróquia 
da Gafanha de Nossa Senhora da Nazaré 


Bispo-Conde de Coimbra


«Vistos estes autos, etc. Pelo que d’elles consta mostra-se que muitos habitantes do logar da Gafanha, freguesia d’o Salvador de Ílhavo, no concelho do mesmo nome, d’esta Diocese, requerera a Sua Magestade El-Rei Houvesse por bem determinar que pelos meios competentes se procedesse à creação de uma nova parochia, com séde no dito logar da Gafanha e formada pelos povos do mesmo logar, o qual para esse fim será desanexado da referida freguesia de Ílhavo; Mostra-se que sua Magestade El-Rei atendendo a que a providencia reclamada é de grande conveniencia para o bem espiritual e temporal dos requerentes, sem prejuiso para a conservação da dita freguesia de Ílhavo, e conformando-se com os pareceres das superiores auctoridades ecclesiastica e administrativa e com a consulta do Supremo Tribunal Administrativo, Houve por bem por decreto de 23 de junho do corrente anno auctorisar a desanexação do referido logar da parochia a que actualmente pertence e a creação de uma parochia que com elle se pretende formar; – e – Attendendo a que pelo Ministerio dos Negocios Ecclesiasticos e da Justiça Nos foi enviada Copia auttentica do referido Decreto para procedermos ao respectivo processo de creação e erecção canónica. 
Attendendo a que no mesmo Decreto se acha já arbitrada em cem mil reis annualmente a congrua ou derrama para o respectivo parocho da nova parochia; 
Attendendo a que a Capella de Nossa Senhora da Nasareth do dito logar da Gafanha tem a capacidade conveniente, os paramentos, vasos sagrados e alfaias necessárias para servir provisoriamente de igreja parochial, enquanto se não conclue o novo templo, cuja construção se acha muito adiantada; e, finalmente, conformando-Nos com o parecer do M. R. Dr. Promotor do Bispado, proferido n’estes autos a folhas dez: – Julgamos legitimamente erecta e canonicamente instituida a referida freguesia da Gafanha, composta do logar da mesma denominação que será desanexado da freguesia d’O Salvador d’Ílhavo, d’esta mesma Diocese, tendo por orago Nossa Senhora da Nazareth, e ficando o respectivo parocho com a congrua annual de cem mil reis e com as mais benesses e emolumentos que forem de uso, direito e costume na freguesia da qual é desanexada. 
O secretario da Nossa Camara Ecclesiastica dará por publicada esta nossa sentença e d’Ella tirará duas cópias para serem enviadas – uma ao Ministerio dos Negocios Ecclesiasticos e da Justiça, e outra ao Muito Reverendo Arcipreste de Aveiro que assim o participará ao R. Parocho da freguesia de Ílhavo para seu conhecimento e devidos effeitos. 

Coimbra, 31 d’Agosto de 1910 

Manuel, Bispo-Conde»

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Ria de Aveiro


A propósito da efeméride gafanhoa que publiquei no Timoneiro e no meu blogue Galafanha, Mons. João Gaspar teve a gentileza de me enviar um texto muito esclarecedor, que aqui transcrevo. De facto, ao considerar que, na altura, D. João ainda era padre, cometi um erro. Afinal, o passeio de D. João à Barra aconteceu em 20-7-1909 (faz hoje 103 anos) , tendo sido sagrado bispo em 29-6-1909.
Apresento as minhas desculpas a Mons. João Gaspar, que selecionou os escritos do primeiro Bispo da restaurada Diocese de Aveiro, para o livro “Aveiro, suas gentes, terras e costumes”, que veio a lume em 1967. Da mesma forma, peço desculpa aos meus leitores.

Fernando Martins

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Mons. João Gonçalves Gaspar


Caro Diác. Fernando Martins.

Cumprimentos amigos.
Agradeço o seu Blogue. Tomo a liberdade de escrever a propósito estas palavras simples.
O sr. D. João Evangelista de Lima Vidal escreveu o texto "Ex ore infantium" em finais de 1911, quando já estava em Luanda. Foi uma recordação do último passeio que deu desde as Pirâmides até à Barra (20-07-1909), antes de ir para Lisboa, a fim de embarcar para Luanda em 01 de Agosto de 1909. O artigo foi publicado num dos jornais de Aveiro (ou Águeda?).
Em 1914, ele próprio, tendo já regressado a Portugal, publicou o livro "Lições da Natureza e dos Homens", incluindo aí as diversas notas que escrevera em Luanda, desde 1911 até 1913; neste artigo ou nota conservou o mesmo título (pgs. 188-190).
Em 1967, quando fiz a seleção de textos do sr. D. João Evangelista, tive a liberdade de dar ao mencionado texto o título de "A Ria de Aveiro" (pgs. 125-126).
Como sabe, D. João Evangelista foi nomeado bispo de 'Angola e Congo' (era só uma Diocese) em 29-04-1909 e recebeu a sagração episcopal em 29-06-1909, na sé de Coimbra. Por isso, quando foi à Barra para se despedir destas nossas terras e da ria, já era bispo... e não apenas sacerdote (e cónego) de Coimbra. Por isso, parece-me que há uma inexatidão no título da "Efeméride Gafanhoa", no último "Timoneiro"; naquela data, já era D. João Evangelista...

Desculpe todo este arrazoado. Deve servir para pouco ou para nada.
Aveiro, 20-07-2012 (o passeio de D. João faz hoje 103 anos). Também recordamos neste dia o saudoso Arcebispo-Bispo de Aveiro.

P. João Gaspar

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Gafanha da Nazaré, cidade há 11 anos


19 de Abril de 2001






Criada freguesia em 23 de junho de 1910 e paróquia em 31 de agosto do mesmo ano, a Gafanha da Nazaré é elevada a vila em 1969. A cidade veio em 2001, por mérito próprio. O seu desenvolvimento demográfico, económico, cultural e social bem justifica as promoções que recebeu do poder constituído no século XX, a seu tempo reclamadas pelo povo e delas se fazendo eco a Junta de Freguesia. 
A Gafanha da Nazaré é obra assinalável de todos os gafanhões, sejam eles filhos da terra ou adotados. De todos os pontos do País, das grandes cidades e dos mais pequenos recantos, muitos chegaram e aqui se fixaram, porque não lhes faltaram boas condições de vida. 
A Gafanha da Nazaré é, hoje, uma mescla de muitas e variadas gentes, que, com os seus usos e costumes e muito trabalho, enriqueceram, sobremaneira, este rincão que a ria e o mar abraçam e beijam com ternura. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Câmara de Ílhavo aprova pedido da criação da freguesia-paróquia da Gafanha da Nazaré

28 de março de 1910 



Alberto Ferreira Pinto Basto


Recordamos hoje a sessão da Câmara Municipal de Ílhavo em que foi aprovado o pedido da criação da freguesia-paróquia da Gafanha da Nazaré. Sublinhamos a ausência na votação do nosso Padre João Ferreira Sardo, vereador e vice-presidente da autarquia, então capelão da nossa terra, provavelmente por não querer ser juiz em causa própria. 
Diz a ata, no que nos diz respeito:


«Foi lida e approvada a acta da sessão anterior para ser para aqui transcripta em conformidade das disposições legaes. 
Foi presente um offício do Administrador d’este concelho n.º 90 de 24 do corrente, acompanhado d’uma representação dirigida a Sua Magestade, dos habitantes do logar da Gafanha d’esta freguesia e concelho, na qual pedem a criação d’uma freguesia com sede no referido logar da Gafanha, para que a Camara se digne dar o seu parecer á cêrca d’este assumpto como determina o artigo 3.º § 4.º do Codigo Administrativo. A Camara depois de ter discutido este assumpto e considerando que o referido logar da Gafanha tem os elementos necessários para se poder constituir numa freguesia; — considerando que os povos do mesmo logar se acham separados da séde da actual freguesia por uma grande extensão de areia solta, cuja travessia se torna bastante encomoda; — considerando que, sendo este concelho constituído por uma única freguesia, que hoje conta cêrca de 15 mil almas, o seu parocho e regedor não conhecem grande numero dos seus habitantes, o que sobremaneira embaraça o serviço publico: por isso é a mesma Camara de parecer que deve ser criada uma outra freguesia com séde no mencionado logar da Calle da villa d’este concelho.» 

Alberto Ferreira Pinto Basto
Benjamim Ferreira Jorge
Manoel Nunes da Graça
Júlio Nunes Rafeiro
Abel Augusto Regalla

Salientamos alguns dados curiosos, nomeadamente, a certeza de que a povoação tinha «os elementos necessários para se poder constituir numa freguesia (…); que os povos do mesmo lugar se acham separados da sede da atual freguesia por uma grande extensão de areia solta, cuja travessia se torna bastante incómoda (…); e que, sendo este concelho constituído por uma única freguesia, que hoje conta cerca de 15 mil almas, o seu pároco e regedor não conhecem grande número dos seus habitantes, o que sobremaneira embaraça o serviço publico». 
Repare-se na rapidez com que o processo foi despachado. Em 24 de março de 1910, o Administrador do Concelho envia o pedido de parecer, em 28 do mesmo mês a Câmara de Ílhavo responde favoravelmente e em 23 de junho de 1910 D. Manuel II decreta a criação da freguesia. Em 31 de agosto de 1910 o Bispo de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, aprova a constituição da paróquia. 

Fernando Martins

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Efeméride Gafanhoa: Conferência Vicentina

16 de Fevereiro de 1953 

Nossa  Senhora da Nazaré

Conferência Vicentina de Nossa Senhora da Nazaré 

A Conferência Vicentina Nossa Senhora da Nazaré, da Sociedade de São Vicente de Paulo, foi criada pelo Prior Abílio Saraiva. Em 1952 dinamizou um grupo de senhoras para a ação social e caritativa, dentre as quais se destacaram Maria da Luz Rocha, Rosa bela Vieira, Luzia Dias de Oliveira, Isaura Castro e Idalina Caleiro. 
Reuniam-se semanalmente numa dependência da igreja matriz para analisarem situações ligadas a questões de saúde, nomeadamente, doenças pulmonares, por serem muito frequentes nessa altura. A partir daí, procuravam dar às pessoas de fracos recursos as respostas adequadas. Levavam os doentes a médicos especialistas e acompanhavam-nos a tratamentos recomendados. A Rosa Bela distinguiu-se pela disponibilidade na aplicação de injeções, qual enfermeira dedicada e competente. Nessa tarefa diária e no contacto com as pessoas apercebia-se melhor das suas carências, apoiando-as no que fosse possível, mesmo para além das doenças que motivavam as visitas.

Arquivo do blogue

TRADUÇÃO

GAFANHA -Séculos X-XII

O mar já andou por aqui... E se ele resolve regressar? Não será para o meu tempo, mas pode acontecer um dia!