
Quando o meu pai nasceu (7 de Maio de 1912) a terra onde viu pela primeira vez a luz do dia era freguesia havia menos de dois anos. Já muito tinha crescido o que a levou a esse facto. Não foi em vão todo o trabalho dos seus antepassados (Rochas, Patas, Varetas, Rodrigues e Marçais) e outras famílias como a dele que aqui labutaram criando a Gafanha da Nazaré.
Não havia electricidade e as estradas eram poucas e ensaibradas: a primeira a ser construída atravessava a Gafanha da Nazaré desde próximo dos Estaleiros Navais até à Barra. Fazia parte do plano de ligação de Aveiro à Costa Nova. A segunda ligava a Gafanha de Aquém à Chave e era muito recente. O resto eram caminhos de carroça que em alguns casos funcionavam como valas em épocas de muita chuva. Estradas florestais, nem vê-las. No entanto já se zelava pela floresta onde foram empregues muitos gafanhões no plantio de pinhal e abertura e manutenção de valas de escoamento da água da chuva.