quinta-feira, 31 de março de 2016

Gafanhas: Notas soltas


No ano de 1937 completou-se a construção do primeiro Cinema na Gafanha da Nazaré, sendo seus proprietários Manuel Fernandes Caleiro, José António dos Santos e José Vieira.
Além dos telefones para os serviços da Aviação de S. Jacinto, do Farol da Barra e da Mata Nacional, há dois telefones públicos na Gafanha da Nazaré [1944] e dez particulares na mesma freguesia.
Até ao ano de 1939 não houve fontes em toda a região das Gafanhas. A água para uso interno ainda agora é captada em covas instáveis e abertas nas antigas vertentes das dunas, ou em poços construídos junto das habitações.
Esta água tem sido fina, cristalina, inodora, leve e saborosa. Ultimamente começou a declinar com o revestimento florestal e herbáceo das dunas e dos terrenos aráveis, o que levou à sua exploração em sítios ainda não inquinados pelas raízes e pelos detritos terrosos.

Fonte: Monografia da Gafanha do Padre João Vieira Rezende

terça-feira, 15 de março de 2016

Primeiro relógio da torre da nossa igreja matriz


Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré


NOTAS:

1. Na torre, é visível o relógio Logo a seguir, para baixo, há uma janela e depois uma placa com os nomes dos beneméritos.
2. Do livro "Gafanha: N.ª S.ª da Nazaré",
de Manuel Olívio da Rocha e Manuel Fernando da Rocha Martins

segunda-feira, 14 de março de 2016

Gafanha da Nazaré — Terceira Década

1930 -1939

Algumas considerações 
sobre a nossa freguesia e paróquia

A terceira década da vida da freguesia e paróquia foi assinalada por três grandes acontecimentos:  Em 1933 é aprovada a constituição da República, sob o signo da política de Salazar, que haveria de se impor ao país até ao 25 de Abril de 1974. Antes da sua publicação, Salazar, em 1932, na tomada de posse, afirma, categoricamente, como que a garantir o comando geral da política portuguesa: «Sei muito bem o que quero e sei para onde vou.»
Sem participação democrática, fechada sobre si mesma, a constituição estabelecia um regime corporativo e indiferente às democracias que se iam estabelecendo na Europa. Foi essa política que proclamou, pela voz de Oliveira Salazar, a célebre frase do «orgulhosamente sós», em defesa do Portugal multicultural, multirracial e multicontinental.
Em 1938, a Diocese de Aveiro foi restaurada, sendo constituída por paróquias das Dioceses de Coimbra, Porto e Viseu. Deixámos, então, a Diocese de Coimbra. 
Ainda em 1938, os gafanhões assumem mais um grande projeto de unidade, com a criação da Cooperativa Eléctrica da Gafanha da Nazaré. Até essa altura, a iluminação estava entregue ao candeeiro a petróleo ou às lamparinas e velas.
A emigração continua e as indústrias e o comércio multiplicam-se. Pesca do bacalhau e secas dão mais vida à nossa terra e região. Estaleiros requerem técnicos e artistas da enxó e do machado.
Nesta década surge na região Carlos Roeder, um empresário com visão de futuro e fundador na década seguinte dos Estaleiros de São Jacinto.

terça-feira, 8 de março de 2016

Gafanha da Nazaré — Segunda Década

Prior Guerra
1920 - 1929

Algumas considerações
sobre a nossa freguesia e paróquia

Dez anos depois, a vida continuava, num crescendo notório. Em 1921, no dia 25 de julho, é benzido o Cemitério Paroquial, terminando o sacrifício dos enterros e demais trabalhos inerentes aos funerais. As obras da igreja matriz prosseguiam e empregos sucediam-se. A agricultura continuava a ser a base da subsistência do povo. Emigração foi mais um caminho de desenvolvimento pessoal e familiar.
Schwalbach Lucci, citado por Jorge Arroteia em “Gafanha da Nazaré — Escola e comunidade numa sociedade em mudança”, diz, em 1918:
«Alguns indivíduos compraram a terra a crédito e, após a transacção, emigraram temporariamente para a Califórnia, forcejando por juntar a soma precisa para o pagamento da dívida contraída. Não é uma deslocação de carácter permanente, pois deixaram frequentemente a substituí-los nos trabalhos da metrópole as esposas: até servem de arrais.»

quinta-feira, 3 de março de 2016

Gafanha da Nazaré: Festas na paróquia

Nossa Senhora da Conceição
(foto de Humberto Rocha)

Diz a tradição que sempre houve festas na Gafanha da Nazaré. Mesmo antes da criação da paróquia e freguesia o povo organizava e participava nas festas, muitas delas, senão mesmo todas, feitas à sombra dos padroeiros e outros santos da comunidade católica. 
Além da festa da padroeira, Nossa Senhora da Nazaré, há registos e memórias de outras: Nossa Senhora da Conceição (Muito participada por todos, em especial pelos marítimos ligados à pesca do bacalhau), São Tomé (com promessas dos lavradores referentes ao gado), Mártir São Sebastião, Nossa Senhora dos Navegantes (no Forte) e São João (na Barra).
Posteriormente vieram as festas de Nossa Senhora dos Aflitos (Chave) e São Pedro (na Cale da Vila). Eram festas que se estendiam pelo verão, depois ou durante as colheitas, como necessidade de descompressão para quem trabalhava duramente nos campos.

terça-feira, 1 de março de 2016

Evolução demográfica da Gafanha da Nazaré

Mulheres da seca (década de 40 do séc. XX
Anos - habitantes


1911 - 2441
1920 - 2827
1930 - 3308
1940 - 4116
1950 - 5475
1960 - 7497
1970 - 7870
1981 - 11187
1991 - 11638
2001 - 13617
2011 - 14756

Aos homens do mar

  Aos homens da nossa terra, que do mar fizeram a sua vida. Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré 1996 «Ó mar salgado, quanto do teu sal s...