Maria Donzília Almeida
Comemora-se, hoje, o dia 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos.
Como costumava ser um dia feriado, este ano será o último do calendário, é habitual a romagem aos cemitérios, neste dia, numa homenagem prestada aos que já partiram.
Este ano, o Zé não fez a sua habitual visita aos familiares, nomeadamente à Luz dos seus olhos, que se apagou, como as Twin Towers americanas, nesse mesmo dia, passados sete anos. Até nisso houve sintonia entre ambos, já que a data do 11 de Setembro é tão cara ao Zé! Este encontra-se, no momento, a travar uma batalha pela vida, nas mãos de bons profissionais de saúde. O que ainda restou dum decrépito ou moribundo SNS. Dessa luta há-de sair vitorioso, como aliás, de muitas que travou, ao longo da vida. Vem aí o Natal e a reunião da família que dos USA virá juntar-se aos residentes nestas paragens. O Zé tem apego à vida e usará todas as forças que Deus lhe der, para ser mais uma vez ganhador! E ele sabe, todos sabemos... que Deus é generoso!
Mas, seguindo as tradições ancestrais da família, a sua prole cumpriu a visita anual e fez esta observação: a lápide que o Zé escolheu para o jazigo da sua companheira de jornada, atesta, inequivocamente, a devoção que ele tem pelo grande poeta da língua portuguesa - Luís de Camões! Sem procurar o conselho de ninguém, (p'ra quê?), numa inspiração baseada na lírica camoniana, brotou-lhe da alma a seguinte dedicatória:
Para alguns será plágio, mas esta palavra não se coaduna com a personalidade do Zé: a sua honestidade, a sua humildade e os valores que sempre defendeu. Este, apenas, demonstrou mais uma vez, a sua filiação no clube dos admiradores, não direi na Confraria Camoniana, pois esta também já conheceu melhores dias! Não precisa de cartão de sócio, para se afirmar como militante do partido da cultura e defensor do valor que é a Língua Portuguesa!
Só mais um aparte: além da obra épica, o Zé também leu a lírica de Camões!
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