Migalhas
«Conheci um padeiro que distribuía o pão de bicicleta, num cesto de duas abas, pendentes no porta-bagagem. Um dia recusou vender pão, só porque o filho da casa, ingenuamente, o informou de que a mãe tinha duas caixas de milho.
Um amigo, que costumava comprar boroa na sua padaria, na Barra, quando chegou a sua vez, deparou-se com um dilema. A boroa estava esgotada e o meu amigo, mais velho do que eu uns anitos, viu-se obrigado a comprar as migalhas que restavam na bancada de mármore. Questionado por mim para que serviam as migalhas, que havia pago como se fossem um pedaço de boroa, limitou-se a dizer-me que se destinavam a sopas de café.»
Nota: Esta estória aconteceu no tempo da Segunda Grande Guerra
Nota: Esta estória aconteceu no tempo da Segunda Grande Guerra
Fernando Martins
Do livro "Gafanha da Nazaré: 100 anos de vida"
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