Registo de 1919
Senhora da Nazaré,
Ó Nazaré da Gafanha,
A quem Deus quer ajudar,
O vento l'apanha a lenha!
A Gafanha foi à bulha,
A Barra foi acudir,
S. Jacintro teve medo,
Costa-Nova pôs-se a rir.
Hei-de casar na Gafanha,
Hei-de ser um gafanhão,
Para vender as batatas,
Às meninas de Alqueidão.
In Etnografia Portuguesa de Leite de Vasconcelos, Vol. III
Foto da Família Ribau, cedida pelo Ângelo Ribau António Gomes da Rocha Madail escreveu na revista “Aveiro e o seu Distrito”, n.º 2 de 1966, um artigo com o título de “Impressões de Aveiro recolhidas em 1871». Cita, em determinada altura, “Recordações de Aveiro”, de Guerra Leal, que aqui transcrevo: (…) «No seguimento d'esta estrada ha uma ponte de um só arco, por baixo da qual atravessa o canal que vai a Ilhavo, Vista Alegre, Vagos, etc., e ha tambem a ponte denominada das Cambeias, proxima à Gafanha. É curiosa e de data pouco remota a historia d'esta povoação original, que occupa uma pequena peninsula. Era tudo areal quando das partes de Mira para alli vieram os fundadores d' aquelIa colonia agricola, que á força de trabalho e perseverança conseguiu, com o lodo e moliço da ria, transformar uma grande parte do areal em terreno productivo. Foi crescendo a população, que já hoje conta uns 200 fogos, e o que fôra esteril areal pouco a pouco se transformou em fertil e
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