Santuário em construção
No dia 21 de Outubro de 1979 foi solenemente inaugurado o Santuário de Schoenstatt na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, em cerimónia presidida pelo Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade. Participaram muitos membros do Movimento, bem como peregrinos, simpatizantes e amigos, todos envolvidos na esperança de contribuírem para a construção do homem novo para uma nova sociedade, seguindo a espiritualidade apoiada em três grandes pilares: Nossa Senhora, Santuário e Fundador do Movimento, Padre Kentenich
A 25 de Março do mesmo ano, dia da inauguração da Casa das Irmãs de Maria, D. Manuel benzeu o terreno, onde, logo de seguida, se daria início à construção daquele Santuário. Em 20 de Maio procedeu-se à bênção da Primeira Pedra e no dia 21 Outubro aconteceu então a grande festa.
A Primeira Pedra, a Pedra Angular, veio de Roma e foi abençoada pelo Papa João Paulo II *. Tem incrustada na face frontal uma outra pedra trazida do túmulo de S. Pedro e sob a qual está gravada a inscrição “Tabor Matriz Ecclesiae”, que significa “Tabor da Mãe da Igreja”, que mais não é do que a missão deste Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
O Santuário de Schoenstatt, declarado por D. António Marcelino como Santuário Diocesano, em 21 de Setembro de 1993, congrega à sua volta pessoas de todas idades e condições sociais, dando testemunho de que ali é bom estar.
Os grandes impulsionadores da construção foram, segundo diversos testemunhos, as Irmãs de Maria, à frente das quais se encontrava a Irmã Custódia, os Padres Miguel e António Borges e Vasco Lagarto.
A construção importou em cerca de mil contos, havendo a distinguir a contribuição, em trabalho e dinheiro, de todos quantos se encontravam sensibilizados para a vivência espiritual do Movimento.
Das diversas ofertas salientamos, pelo seu significado, as seguintes:
Altar – Instituto das Irmãs de Maria do Brasil
Imagem da Mãe – Instituto dos Padres de Schoenstatt de Portugal
Moldura Luminosa – Senhoras de Schoenstatt
Janelas – Casais do Movimento
Campanário – Mães de Salreu
Bancos – Um casal de Lisboa
Alicerces – Mães da Gafanha
S. Miguel – Padre Miguel e Mães
Custódia – Mães da Gafanha
S. Pedro e S. Paulo – Padres Diocesanos
Espada de S. Paulo – Rapazes do Movimento
Desde a década de sessenta que a espiritualidade mariana de Schoenstatt se havia instalado entre nós, ganhando força e espaço com a entrada na paróquia do Padre Miguel Lencastre e de outros membros do Instituto dos Padres de Schoenstatt, bem como das Irmãs de Maria.
Os schoenstattianos da Gafanha da Nazaré têm respondido aos desafios lançados pelo fundador, Padre José Kentenich, no sentido de se integrarem nos projectos e acções das comunidades paroquiais a que pertencem.
Notas: Nas celebrações do centenário, não pode ser ignorado o contributo do Movimento Apostólico de Schoenstatt (MAS) para a formação dos gafanhões, desde a década de sessenta, altura em que o Padre Domingos ficou sensível à espiritualidade daquele Movimento de origem alemã.
Apostando na formação de um homem novo para uma nova sociedade, o MAS alicerça a sua espiritualidade na vinculação ao Santuário, ao Fundador e à Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, através de uma Aliança de Amor.
O Santuário, réplica do original, é tido como lugar onde é bom estar, para além de nele se cultivarem graças especiais: a graça do acolhimento, a graça da transformação interior e a graça do envio e da fecundidade apostólica. Afinal, graças que comprometem no sentido do espiritual, da esperança da transformação radical (o grande milagre), e da acção apostólica.
Fernando Martins
*. Margarida Lencastre, irmã do padre Miguel, foi quem pegou na Primeira Pedra, para que o Papa a abençoasse. Não satisfeita com a bênção geral do Santo Padre, pega na Pedra e espera que o Papa passe a caminho dos seus aposentos. Iludindo a vigilância, corre para o Papa e aproxima a Pedra do Santo Padre, que a abençoa, agora de forma singular.
In "Gafanha da Nazaré – 100 anos de vida"
1 comentário:
Como devota da Mãe Admirável, frequento assiduamente o Santuário de Vargem Grande, Rio de Janeiro/RJ e, no próx. mês de abril/11 estarei visitando o santuário da Gazanha, levando meu tio que se encontra com câncer de intestino para conhecer e ajoelhar diante da Mãe Admirável que sempre nos acolhe, perdoa e restaura. Graças e Louvore se dêem a todo o momento. Nossa Senhora, rogai por nós que recorremos a vós.
Fátima Nunes 11/02/11, Rio de Janeiro/RJ-Brasil.
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