Um dia, à autora destas linhas, no cumprimento das suas tarefas de “Jovem Agricultora”, aconteceu um episódio insólito. Na sua actividade agro-pecuária, deparou com esta cena bizarra: ocupava-se a dar o alimento aos coelhinhos, tão fofinhos, quanto roedores. Uma galinha que dividia o espaço com os coelhos, numa promiscuidade inofensiva, começa a “espenicar“ o botão, nas bermudas da sua dona. Com efeito, essas calças que a dona trazia, pelo meio da perna, como todas as jovens (?) usam, hoje em dia, são rematadas em baixo por uma tira, com um botão. Este, semi-esférico e grande, criou no cérebro minúsculo da galinha, a imagem de um bago de milho Large size. A dona que não come milho, nem gosta de botões… consegue distingui-los muito bem!!! A galinha que come milho e, pelos vistos, parece cobiçar os botões, não vê a diferença entre ambas as coisas. Isto só confirma o aforismo popular que diz: “as galinhas são mesmo estúpidas!”
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Era um termo muito usado nestas terras das Gafanhas: fazer as camas às vacas; cobrir o chão do estábulo, com estrume. (Dava-se esta designação, ao junco colhido nas praias, junto à ria) . A seguir ao seu transporte para casa do lavrador, directamente do moliceiro que o apanhara na praia, era colocado num monte grande, habitualmente no exterior da casa, chamado relheiro ou rolheiro. (É Maneli, vai ao relheiro, buscar uma gabela de estrume para fazer as camas às vacas, homi!).
O que sempre me fez espécie foi a expressão no plural – as camas. Será que cada vaca ou boi dormia em camas separadas? Mas, no caso duma vaca solteira, eu ouvia, precisamente a mesma expressão: as camas da vaca! Seria tão corpulenta que abarcaria mais que uma cama? Também pensei num estábulo grande, tipo camarata ou vacaria, usando o termo específico, em que as vacas estivessem todas alinhadinhas em camas individuais.
Os bovinos estavam num lugar superior, na hierarquia dos animais domésticos. Eram os únicos que tinham direito a cama, mesa (manjedoura) e “lençóis” lavados! Seria a retribuição pelo precioso néctar que elas repartem entre os filhotes, os bezerros, e o homem que nem sempre lhes retribui essa generosidade? Deixo a pergunta no ar!
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Madona
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