Terra Nova deu os primeiros passos
em 12 de julho
A RTN nasceu na década de 80 do século passado, num período
de baixa de preços dos equipamentos de emissão. Um pouco por todo o mundo, e em
Portugal também, surgiram rádios locais, muitas vezes direcionadas para simples
bairros. Pretendia-se divulgar iniciativas de instituições dos mais variados
ramos, que nunca tinham vez nem voz nas rádios nacionais. O boom das “rádios
piratas” foi de tal ordem elevado, que as entidades oficiais não tiveram
qualquer hipótese de impedir o seu funcionamento.
Em 12 de julho de 1986, a RTN, mesmo sem batismo, foi para o
ar, na sede da Cooperativa Cultural. Diz a sua história que eram 11.30 horas de
um sábado. «Ligámos apenas um amplificador e passámos música gravada», recorda
Vasco Lagarto.
Em 31 de dezembro de 1988 “calou-se”, por imposição do
processo de legalização entretanto iniciado. Mas em 26 de março de 1989, num
domingo de Páscoa, agora com alvará e com as exigências de legislação
entretanto aprovada, reiniciou as suas emissões, assumindo um projeto voltado
para as realidades culturais, sociais, desportivas e outras das comunidades
envolventes, num raio de ação que hoje chega aos 50 quilómetros.
Posteriormente, adotou o nome Terra Nova, não só em
homenagem a quantos viveram a saga da Faina Maior — Pesca do Bacalhau — nos
mares do mesmo nome, mas ainda por refletir o sonho de quantos apostam numa
terra nova, no respeito pelo progresso sustentado e pelos direitos humanos.
A sua programação assenta na informação e na atualidade
regional e nacional, juntamente com uma cuidada escolha musical. Os programas
de “palavra”, com personalidades que, pela sua formação académica ou
experiência profissional, têm um papel preponderante na realidade regional,
ocupam sempre lugar especial.
Com estúdios centrais na Gafanha da Nazaré, em espaço cedido
no Centro Cultural da nossa terra, emite em FM 105.0Mhz, para os concelhos de
Ílhavo, Aveiro, Vagos, Estarreja, Murtosa, Ovar, Oliveira de Azeméis,
Albergaria-a-Velha, Águeda, Oliveira do Bairro, Anadia, Cantanhede e Mira.
Fernando Martins
"Gafanha da Nazaré: 100 anos de vida"
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