«Maximiniano Lemos, na obra História da Medicina em Portugal, enumera as gafarias e, no caso de Aveiro, distingue “a da Gafanha, concelho de Ílhavo e a d’igual nome no concelho de Vagos”, (1899, pág. 52.
Mais recentemente, José Tavares Afonso e Cunha, in Notas Marinhoas, reafirma que:
O nome Gafanha se deve não aos hipotéticos “gafos” para lá refugiados do convívio humano mas sim à “gafeira” da própria terra. A base do topónimo é “gafo” e o sufixo formativo “enho” como em nortenho, ferrenho, rouquenho e similires. Será, então, Gafanha uma variante de ordem puramente fonética como acontece, por exemplo, com redenho-redanho, gatenho-gatanho, casenho-casanho e outros, (1995, p.33).
Sendo assim, seria a própria terra a padecer dessa doença pelo que maior respeito nos merecem aqueles que, materializando hercúlea tarefa, transformaram estes terrenos maninhos em terras de pan.»
In “Língua e Costumes da Nossa Gente”, de Maria Donzília de Jesus Almeida e Oliveiros Alexandrino Ferreira Louro
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