sábado, 28 de julho de 2012

Padre Feytor Pinto falou da paz em Ílhavo



“Se os pobres não deixarem de o ser não pode haver paz….”


Vítor Feytor Pinto

Numa noite em que havia futebol na tv e começavam as Olimpíadas em Londres, mais de uma centena de pessoas esteve no auditório do Museu Marítimo de Ílhavo para assistir à palestra do Padre Vitor Feytor Pinto subordinada ao tema “A Paz e o Desenvolvimento Solidário.
Sérgio Ribau Esteves, Presidente do Rotary Club de Ílhavo, afirmou ser um orgulho para o Club a presença do orador, anunciando que no próximo mês de setembro estará presente o médico Manuel Antunes, Diretor do Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra, que falará sobre o Serviço Nacional de Saúde.
Ao iniciar a palestra o orador, salientou a importância no mundo do Rotary, tendo destacada a campanha contra a poliomielite que, graças à sua ação, está praticamente irradiada, lembrando também as ações dos Rotários na construção da paz e da solidariedade entre os povos.

Foram quatro os tópicos que o Pe. Vitor Feytor Pinto apresentou no início da sua dissertação: Olhar para a sociedade que tem dificuldade em construir a paz; Evolução histórica do significado da paz; Até que ponto paz é desenvolvimento e o mistério da solidariedade.
Ao olharmos para o mundo vemos que o egoísmo do homem se sobrepõe a tudo e a todos e, aí começa a dificuldade em se encontrar a paz, mesmo entre países com regimes democráticos onde as maiorias impõem as suas regras e muitas das vezes não respeitam os valores éticos não aceitando o bem comum e são incapazes de aceitar o outro.
Outro fator de instabilidade são as religiões mais pequenas na criação de dificuldades com as restantes assim como a realidade do trabalho onde se vê a luta sindical estar a ser feita só nos grupos com mais capacidade reivindicativa deixando ou outros, os mais pequenos, sem qualquer capacidade reivindicativa. A paz na família também foi lembrada, sendo o local onde cada vez mais as famílias se desmoronam à mínima dificuldade surgindo muitas das vezes a incapacidade de perdão entre os seus elementos.
A história da palavra paz foi exemplificada com três grandes momentos, na época da Cultura Romana onde se afirmava: se queres a paz, prepara-te para a guerra, seguindo-se no Sec.XIII São Tomas de Aquino que afirmou: Tranquilidade na Ordem e finalmente após a II Grande Guerra a Carta das Nações que foi assinada por todos os povos e que se os 30 artigos fossem cumpridos integralmente, a paz aconteceria.
A urgência de mais solidariedade na aproximação entre pobres e ricos e ultrapassar a divisão cada vez mais acentuada ente jovens e adultos foram os apelos com que o orador terminou a palestra seguindo-se animado diálogo com a assistência.

Texto enviado por Carlos Duarte

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