“Se os pobres não deixarem de o ser não pode haver paz….”
Vítor Feytor Pinto
Numa noite em que havia futebol
na tv e começavam as Olimpíadas em Londres, mais de uma centena de pessoas
esteve no auditório do Museu Marítimo de Ílhavo para assistir à palestra do
Padre Vitor Feytor Pinto subordinada ao tema “A Paz e o Desenvolvimento
Solidário.
Sérgio Ribau Esteves, Presidente
do Rotary Club de Ílhavo, afirmou ser um orgulho para o Club a presença do
orador, anunciando que no próximo mês de setembro estará presente o médico
Manuel Antunes, Diretor do Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da
Universidade de Coimbra, que falará sobre o Serviço Nacional de Saúde.
Ao iniciar a palestra o orador,
salientou a importância no mundo do Rotary, tendo destacada a campanha contra a poliomielite
que, graças à sua ação, está praticamente irradiada, lembrando também as ações
dos Rotários na construção da paz e da solidariedade entre os povos.
Foram quatro os tópicos que o Pe.
Vitor Feytor Pinto apresentou no início da sua dissertação: Olhar para a
sociedade que tem dificuldade em construir a paz; Evolução histórica do
significado da paz; Até que ponto paz é desenvolvimento e o mistério da
solidariedade.
Ao olharmos para o mundo vemos
que o egoísmo do homem se sobrepõe a tudo e a todos e, aí começa a dificuldade
em se encontrar a paz, mesmo entre países com regimes democráticos onde as maiorias
impõem as suas regras e muitas das vezes não respeitam os valores éticos não
aceitando o bem comum e são incapazes de aceitar o outro.
Outro fator de instabilidade são
as religiões mais pequenas na criação de dificuldades com as restantes assim como
a realidade do trabalho onde se vê a luta sindical estar a ser feita só nos
grupos com mais capacidade reivindicativa deixando ou outros, os mais pequenos,
sem qualquer capacidade reivindicativa. A paz na família também foi lembrada, sendo
o local onde cada vez mais as famílias se desmoronam à mínima dificuldade
surgindo muitas das vezes a incapacidade de perdão entre os seus elementos.
A história da palavra paz foi exemplificada
com três grandes momentos, na época da Cultura Romana onde se afirmava: se queres
a paz, prepara-te para a guerra, seguindo-se no Sec.XIII São Tomas de Aquino
que afirmou: Tranquilidade na Ordem e finalmente após a II Grande Guerra a
Carta das Nações que foi assinada por todos os povos e que se os 30 artigos fossem
cumpridos integralmente, a paz aconteceria.
A urgência de mais solidariedade
na aproximação entre pobres e ricos e ultrapassar a divisão cada vez mais
acentuada ente jovens e adultos foram os apelos com que o orador terminou a
palestra seguindo-se animado diálogo com a assistência.
Texto enviado por Carlos Duarte
Sem comentários:
Enviar um comentário