Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2010

Da pena de D. João Evangelista

PELOS ARREDORES DE AVEIRO Por D. João Evangelista de Lima Vidal «À Gafanha, a Verdemilho, a São Bernardo e à Presa eram os passeios que eu mais preferia nas minhas férias de professor de Coimbra. Quem me levava sobretudo à Gafanha era a água que, taumaturga por excelência, com o seu contacto, com o seu murmúrio, com as suas frescas exalações, me aquietavam brandamente os nervos, mais ou menos fora do ritmo pela continuidade das excitações académicas; e para tal ela não precisava mais do que duma sessão: à primeira vez era logo. O que era necessário, porém, era que por acaso não se agarrasse como uma carraça aos lombos de um boi, a pessoa que ao tempo tinha em Aveiro a fama mais bem merecida e autenticada de maçador. Nesse caso estava perdido. Não mais nos largava. Podíamos nós fazer menção, abrindo o breviário e pondo na devida ordem os registos, erguendo seraficamente os olhos ao céu como quem implora os seus auxílios para a oração, podíamos nós fazer menção por essa límpida fo

FAROL DA BARRA DE AVEIRO

UM EX-LIBRIS DA REGIÃO DE AVEIRO O Farol da Barra de Aveiro, situado em pleno concelho de Ílhavo, na Gafanha da Nazaré, é um ex-líbris da região aveirense. Imponente, não há por aí quem o não conheça, como o mais alto de Portugal e um dos mais altos da Europa. Já centenário, faz parte do imaginário de quem visita a Praia da Barra. Quem chega, não pode deixar de ficar extasiado e com desejos, legítimos, de subir ao varandim do topo, para daí poder desfrutar de paisagens únicas, com mar sem fim, laguna, povoações à volta e ao longe, a dominar os horizontes, os contornos sombrios das serras de perto e mais distantes. À noite, o seu foco luminoso, rodopiante e cadenciado, atrai todos os olhares, mesmo os mais distraídos, tal a sua força. Mas são os navegantes, os que podem correr perigos ou desejam chegar à Barra de Aveiro em segurança, os que mais o apreciam, sem dúvida. Ora, esse foco, que começou por ser alimentado a petróleo, passou a beneficiar da energia eléctrica em 1936, comp