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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2009

Paróquia de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha completa 99 anos

Igreja antiga "A paróquia de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha completa hoje 99 anos de vida. Daqui a um ano, se Deus quiser e o povo estiver unido, celebraremos o primeiro centenário. É curioso como um século de existência parece tão curto. Digo isto, porque tive o privilégio de conviver com gafanhões que, antes de 1910, lutaram para que a então povoação da Gafanha se tornasse independente e seguisse a sua vida, deixando, por isso, a casa materna." Leia mais aqui

Arrastão "Maria Teixeira Vilarinho"

O Ângelo Ribau esclareceu-me, há dias, sobre um lapso que surgiu na apresentação, no porão do Navio-Museu Santo André, do arrastão Maria Teixeira Vilarinho, na qual se dizia que o navio tinha sido mandado construir pela firma José Maria Vilarinho, Sucrs, L.da. Afinal, essa firma nunca existiu… Aqui fica a explicação do meu amigo, pessoa sempre atenta ao que se diz e como se diz. Obrigado. FM Da firma antiga das famílias Ribau e Vilarinho até aos nossos dias. - Ribaus & Vilarinhos Ldª Eram sócios os "Ribaus", o Sr. Virgílio, o Sr. José Maria, o Sr Benjamim, e possivelmente outros ribaus que desconheço. Os Srs. João e José Maria Vilarinho, como sabes, eram irmãos. Mais tarde esta firma desmembrou-se, tendo dado lugar a três outras: 1- Sociedade Gafanhense Ldª, de que ficaram sócios os "Ribaus" 2- João Maria Vilarinho, mais tarde João Maria Vilarinho Ldª, depois, por falecimento do sócio João, passou a João Maria Vilarinho Suc. Ldª, mais tarde ainda, a Empr

Gafanha da Nazaré, velha senhora rejuvenescida

Ponte da Cambeia "Ao chegar à bonita idade de 75 anos, vividos numa constante luta pelo progresso e contra adversidades sem conta, a Gafanha da Nazaré, velha senhora rejuvenescida, há poucos anos, por novo baptismo que lhe deu o apelido de vila, está em festa. E com razão!... Novos trajes, adornos mais consentâneos com a época, comodidades caseiras semelhantes às que possuem outras senhoras, tudo lhe falta, mas acreditamos que tudo lhe será ofertado em próximos aniversários. Os seus filhos, porém, dão-lhe hoje o que é possível e com a mesma alegria da criança que, ao passar pelo campo florido da Primavera, colhe uma flor silvestre, pura e simples, não alterada, ainda, pela genética, e corre a entregá-la, feliz, à mãe aniversariante, com o beijo de parabéns." Fernando Martins Nota: Citado num livro, li hoje este texto, excerto de um outro que escrevi em 1985, nas Bodas de Diamante da freguesia da Gafanha da Nazaré. Não sei se já o publiquei nos meus blogues. Pelo sim pelo

Ruas da Gafanha da Nazaré: Rua Dr. Josué Ribau

Dr. Josué Ribau No meio de tantas ruas baptizadas com nomes de pessoas que pouco ou nada nos dizem, de vez em quando lá encontramos uma ou outra com nome de gente nossa. Neste capítulo, embora seja difícil seleccionar os que merecem tal honra, pensamos que se devia ter em conta que houve gafanhões dignos de ocuparem placas toponímicas. Como o Dr. Josué Ribau, que hoje e aqui evocamos. A rua com o seu nome liga a Av. José Estêvão à Rua Sacadura Cabral. Quem segue pela Avenida em direcção ao Forte da Barra, depois da igreja matriz, surge à direita, depois dos semáforos, uma segunda rua, a dedicada ao nosso homenageado deste mês. Trata-se de uma rua estreita, algo sinuosa, por ter nascido sobre um caminho de terra batida, sem traçado prévio. Josué da Cruz Ribau nasceu no dia 1 de Abril de 1916. Hoje, se fosse vivo, teria 93 anos de idade. Era filho de Manuel Ribau Novo e de Maria da Cruz, esta de Seixo de Mira, sendo irmão de Madalena e do padre Diamantino. Faleceu em 27 de Maio de 19

Piqueniques: bons momentos vividos em família

Boas recordações que não quero perder Sem muito sol e com aragem a propor abrigo, não faltaram hoje no parque que habitualmente atravesso famílias em piqueniques. O aconchego do arvoredo e as mantas estendidas convidaram quem estava, e muitos eram, a saborear os farnéis que de longe vislumbrei. E pela forma como eram degustados, sem pressas e sem complexos, posso garantir que estavam apetitosos. Depois, seguiu-se a soneca dos mais pesados e a bola dos mais miúdos. Tanto bastou para eu recuar uns bons 40 anos, quando, com a família, bem unida e concordante, fazia o mesmo, quer na mata da Torreira e S. Jacinto, quer entre a Costa Nova e a Vagueira. Não era pela poupança, embora não fosse despiciendo pôr de lado essa vertente. Bons tempos. Preparado o farnel, à medida das idades e dos apetites, preparada a trouxa do indispensável, que as comodidades exigiam, tudo arrumado no carro, sem espaço para mais nada, lá seguíamos na procura do lugar ideal, onde não incomodássemos nem fôssemos in

O GAFANHÃO HUMANIZOU A DUNA

Quem surriba chão de areia... “Quem surriba chão de areia não encontra onde enterrar raízes de esperança e quem irriga duna virgem sabe que mija numa peneira! Quem lança a semente em ventre que é maninho não pode ter esperanças de fecundação. E, por isso, o Gafanhão, antes de cultivar a lomba, teve de corrigir-lhe a esterilidade servindo-se da Ria que lhe passa à ilharga, procurando nela a nata que amamentou a semente que deixou cair, amorosamente, naquele chão danado. E humanizou a duna.” Frederico de Moura Citado em “Gafanha da Nazaré – Escola e comunidade em mudança”

Quando eu era menino…

O regueirão ; Um velhinho bondoso da minha meninice Quando eu era menino, há uns 60 anos, bem medidos, costumava visitar a ria. Ia muitas vezes sozinho para me deliciar, extasiado, com águas correntes, barcos moliceiros e tainhas a saltar. Olhava para as Portas d’água e apreciava a ponte da Cambeia. Do outro lado, o Jardim Oudinot com a sua barraca de madeira, com mesa e bancos, onde alguns, no Verão, saboreavam merendas, antes de dormir a sesta num qualquer recanto a jeito. Com frequência olhava o regueirão, também conhecido por Canal de Mira, e apetecia-me caminhar pela margem, à cata nem sei de quê. Mas um dia vi, ao longe, um pescador que me atraiu, pela sua postura. Ali estava, sereno, muito atento, fixado nas linhas que tinha na ria. Na ponta, chumbeiras e anzóis, ligados a estropos. Para o menino que eu era, o pescador era um velhinho bondoso, muito calmo, de poucas falas e de sorriso a emoldurar-lhe o rosto de barba semanal. Quando me olhava, sorridente, eu sentia-me muito

Gafanha: região rica?

Em 1934, Rocha Madail afirma: Ainda que muitas pessoas se contam neste distrito que viram a Gafanha árida e despida de vegetação, como a maior parte dos areais do litoral, este trabalho foi tão proveitoso que é a Gafanha talvez um dos lugares deste distrito em que haja mais ouro amoedado, sem contar que liberalmente fornece sustentação e trabalho a mais de oito mil pessoas sendo, por assim dizer, o celeiro e a horta dos concelhos de Aveiro, Ílhavo, e ainda da maior parte de Vagos . In Gafanha da Nazaré – Escola e comunidade numa sociedade em mudança

Crianças austríacas na Gafanha da Nazaré

Eu não me recordo dos nomes, mas havia um menino em casa da mãe do padre Alexandre Vilarinho, que brincava connosco na nossa escola, e uma outra criança, já não sei se menina ou menino, que estava em casa de Dona Conceição e do Capitão João Maria Vilarinho. É pouca informação, mas já é alguma coisa para começar a investigar. Armando Cravo Nota: Grão a grão enche a galinha o papo. Há outras pistas, mas ainda não tive tempo para contactar as pessoas. De qualquer modo, a achega do Armando foi muito boa. Das crianças que refere, não consigo recordar nada.