"Ao chegar à bonita idade de 75 anos, vividos numa constante luta pelo progresso e contra adversidades sem conta, a Gafanha da Nazaré, velha senhora rejuvenescida, há poucos anos, por novo baptismo que lhe deu o apelido de vila, está em festa. E com razão!...
Novos trajes, adornos mais consentâneos com a época, comodidades caseiras semelhantes às que possuem outras senhoras, tudo lhe falta, mas acreditamos que tudo lhe será ofertado em próximos aniversários.
Os seus filhos, porém, dão-lhe hoje o que é possível e com a mesma alegria da criança que, ao passar pelo campo florido da Primavera, colhe uma flor silvestre, pura e simples, não alterada, ainda, pela genética, e corre a entregá-la, feliz, à mãe aniversariante, com o beijo de parabéns."
Fernando Martins
Nota: Citado num livro, li hoje este texto, excerto de um outro que escrevi em 1985, nas Bodas de Diamante da freguesia da Gafanha da Nazaré. Não sei se já o publiquei nos meus blogues. Pelo sim pelo não, aqui fica ele.
Foto da Família Ribau, cedida pelo Ângelo Ribau António Gomes da Rocha Madail escreveu na revista “Aveiro e o seu Distrito”, n.º 2 de 1966, um artigo com o título de “Impressões de Aveiro recolhidas em 1871». Cita, em determinada altura, “Recordações de Aveiro”, de Guerra Leal, que aqui transcrevo: (…) «No seguimento d'esta estrada ha uma ponte de um só arco, por baixo da qual atravessa o canal que vai a Ilhavo, Vista Alegre, Vagos, etc., e ha tambem a ponte denominada das Cambeias, proxima à Gafanha. É curiosa e de data pouco remota a historia d'esta povoação original, que occupa uma pequena peninsula. Era tudo areal quando das partes de Mira para alli vieram os fundadores d' aquelIa colonia agricola, que á força de trabalho e perseverança conseguiu, com o lodo e moliço da ria, transformar uma grande parte do areal em terreno productivo. Foi crescendo a população, que já hoje conta uns 200 fogos, e o que fôra esteril areal pouco a pouco se transformou em fertil e
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