sexta-feira, 6 de julho de 2012

Gafanha da Nazaré prepara Missão Jubilar



Urge ultrapassar indiferenças e comodismos
para construir uma comunidade integradora

No passado dia 26 de junho, teve lugar no Salão Mãe do Redentor, pelas 21 horas, uma assembleia de agentes de pastoral e de outras pessoas de boa vontade, para se inteirarem das propostas programadas no âmbito da Missão Jubilar, integrada na celebração dos 75 anos da restauração da Diocese de Aveiro. Presidiu o nosso prior, Padre Francisco Melo, que referiu a importância desta iniciativa que terá o seu auge em 11 de dezembro de 2013, data da sentença executória da restauração da nossa diocese, em 1938.
A Missão Jubilar dirige-se a todos os cristãos que vivem na Diocese de Aveiro, alargando-se a todas as pessoas «que não integram a vida paroquial», sublinhou o nosso prior.  Trata-se de uma ação cujos desafios se apoiam nas bem-aventuranças, sendo necessário «provocar um choque operativo junto de todos», tendo em vista criar novas mentalidades que conduzam a uma comunidade mais cristã. Refere o Padre Francisco que é urgente empenhar os católicos para «chegar a todos», apostando «em gestos e atitudes que envolvam toda a gente».

Estando garantido que a Missão Jubilar não tem «uma organização especial», porque se apoia «nos grupos existentes», o nosso prior, que é também o Vigário Episcopal para a Pastoral Geral, lembrou que haverá coordenadores para estabelecer pontes entre os diversos serviços. «Os coordenadores serão os “escravos”, à semelhança de Maria, do dinamismo jubilar», frisou.
Todos os grupos e serviços têm por tarefa chegar com a Missão Jubilar a seis mil casas da nossa paróquia, agindo «como missionários que vão ao encontro do outro», anunciando a Boa Nova.
A programação paroquial tem em consideração algumas «sombras» que caracterizam a nossa sociedade, sombras essas que passam por uma «grande expansão com crescimento rápido», pelas raízes cristãs que «agora estão a desaparecer», pelas pessoas «que não se sentem membros da comunidade», pela realidade de uma freguesia de «anónimos, como grande dormitório que é a Gafanha da Nazaré», frisou o Padre Francisco Melo. E acrescentou que, porém, há «luzes» que, de algum modo, alimentam grandes esperanças. Assim, considerou, como enriquecedoras, a existência de «recursos materiais» da paróquia e de outras entidades, a pujança «da vida associativa», as «boas relações com as instituições», o notório «sentido de família», a intervenção dos Movimentos e demais serviços, e uma «vida civil ativa».
A freguesia foi dividida em 30 zonas, para mais facilmente se levar a cabo a Missão Jubilar entre nós, numa perspetiva diocesana, ultrapassando indiferenças e comodismos, rumo a uma comunidade integradora, aberta ao diálogo e mobilizadora, para concretizar projetos para um futuro mais fraterno.

Fernando Martins

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