Avançar para o conteúdo principal

Gafanha da Nazaré prepara Missão Jubilar



Urge ultrapassar indiferenças e comodismos
para construir uma comunidade integradora

No passado dia 26 de junho, teve lugar no Salão Mãe do Redentor, pelas 21 horas, uma assembleia de agentes de pastoral e de outras pessoas de boa vontade, para se inteirarem das propostas programadas no âmbito da Missão Jubilar, integrada na celebração dos 75 anos da restauração da Diocese de Aveiro. Presidiu o nosso prior, Padre Francisco Melo, que referiu a importância desta iniciativa que terá o seu auge em 11 de dezembro de 2013, data da sentença executória da restauração da nossa diocese, em 1938.
A Missão Jubilar dirige-se a todos os cristãos que vivem na Diocese de Aveiro, alargando-se a todas as pessoas «que não integram a vida paroquial», sublinhou o nosso prior.  Trata-se de uma ação cujos desafios se apoiam nas bem-aventuranças, sendo necessário «provocar um choque operativo junto de todos», tendo em vista criar novas mentalidades que conduzam a uma comunidade mais cristã. Refere o Padre Francisco que é urgente empenhar os católicos para «chegar a todos», apostando «em gestos e atitudes que envolvam toda a gente».

Estando garantido que a Missão Jubilar não tem «uma organização especial», porque se apoia «nos grupos existentes», o nosso prior, que é também o Vigário Episcopal para a Pastoral Geral, lembrou que haverá coordenadores para estabelecer pontes entre os diversos serviços. «Os coordenadores serão os “escravos”, à semelhança de Maria, do dinamismo jubilar», frisou.
Todos os grupos e serviços têm por tarefa chegar com a Missão Jubilar a seis mil casas da nossa paróquia, agindo «como missionários que vão ao encontro do outro», anunciando a Boa Nova.
A programação paroquial tem em consideração algumas «sombras» que caracterizam a nossa sociedade, sombras essas que passam por uma «grande expansão com crescimento rápido», pelas raízes cristãs que «agora estão a desaparecer», pelas pessoas «que não se sentem membros da comunidade», pela realidade de uma freguesia de «anónimos, como grande dormitório que é a Gafanha da Nazaré», frisou o Padre Francisco Melo. E acrescentou que, porém, há «luzes» que, de algum modo, alimentam grandes esperanças. Assim, considerou, como enriquecedoras, a existência de «recursos materiais» da paróquia e de outras entidades, a pujança «da vida associativa», as «boas relações com as instituições», o notório «sentido de família», a intervenção dos Movimentos e demais serviços, e uma «vida civil ativa».
A freguesia foi dividida em 30 zonas, para mais facilmente se levar a cabo a Missão Jubilar entre nós, numa perspetiva diocesana, ultrapassando indiferenças e comodismos, rumo a uma comunidade integradora, aberta ao diálogo e mobilizadora, para concretizar projetos para um futuro mais fraterno.

Fernando Martins

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Gafanha em "Recordações de Aveiro"

Foto da Família Ribau, cedida pelo Ângelo Ribau António Gomes da Rocha Madail escreveu na revista “Aveiro e o seu Distrito”, n.º 2 de 1966, um artigo com o título de “Impressões de Aveiro recolhidas em 1871».   Cita, em determinada altura, “Recordações de Aveiro”, de Guerra Leal, que aqui transcrevo: (…)  «No seguimento d'esta estrada ha uma ponte de um só arco, por baixo da qual atravessa o canal que vai a Ilhavo, Vista Alegre, Vagos, etc., e ha tambem a ponte denominada das Cambeias, proxima à Gafanha.  É curiosa e de data pouco remota a historia d'esta povoação original, que occupa uma pequena peninsula. Era tudo areal quando das partes de Mira para alli vieram os fundadores d' aquelIa colonia agricola, que á força de trabalho e perseverança conseguiu, com o lodo e moliço da ria, transformar uma grande parte do areal em terreno productivo. Foi crescendo a população, que já hoje conta uns 200 fogos, e o que fôra esteril areal pouco a pouco se transformou em fertil e

Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré

Alguns subsídios para a sua história Em 1888,  inicia-se a sementeira do penisco no pinhal velho, terminando, na área da atual Gafanha da Nazaré, em 1910. Somente em 1939 ultrapassou o sítio da capela de Nossa Senhora da Boa Hora, ficando a Mata da Gafanha posteriormente ligada à Mata de Mira. (MG) A Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré foi inaugurada numa segunda-feira, 8 de dezembro de 1958, Dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal. Contudo, o processo desenvolvido até àquela data foi demorado e complexo. Aliás, a sua existência legal data de 16 de novembro de 1936, decreto-lei 27 207. Os estudos do terreno foram iniciados pela Junta de Colonização Interna em 1937, onde se salientaram as «condições especiais de localização, vias de comunicação e características agrológicas», como se lê em “O Ilhavense”, que relata o dia festivo da inauguração. O projeto foi elaborado em 1942 e, após derrube da mata em 1947, começaram as obras no ano seguinte. Terraplanagens,

1.º Batizado

No livro dos assentos dos batizados realizados na Gafanha da Nazaré, obviamente depois da criação da paróquia, consta, como n.º 1, o nome de Maria, sem qualquer outra anotação no corpo da primeira página. Porém, na margem esquerda, debaixo do nome referido, tem a informação de que faleceu a 28-11-1910. Nada mais se sabe. O que se sabe e foi dado por adquirido é que o primeiro batizado, celebrado pelo nosso primeiro prior, Pe. João Ferreira Sardo, no dia 11 de setembro de 1910, foi Alexandrina Cordeiro. Admitimos que o nosso primeiro prior tomou posse como pároco no dia 10 de setembro de 1910, data que o Pe. João Vieira Rezende terá considerado como o da institucionalização da paróquia, criada por decreto do Bispo de Coimbra em 31 de agosto do referido ano. Diz assim o assento: «Na Capella da Cale da Villa, deste logar da Gafanha e freguesia de Nossa Senhora de Nazareth, do mesmo logar servindo provisoriamente de Egreja parochial da freguesia de Nossa Senhora de Nazareth, concelho d’Ilh