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Tecendo a vida umas coisitas - 305

PITADAS DE SAL – 35





A MÁQUINA DE FAZER SAL

Caríssima/o:

Isto de contos populares e de lendas é, de fato, um mundo à parte: numa outra pitada eram as mulheres com mós a fazer sal… Será que o sal assim produzido salgaria o mar? Certamente que se teria de encontrar outra solução…

«Recontando Contos Populares

Este caso se deu no tempo de Reis e Rainhas. Nesse tempo, que já se foi, havia no mundo uma carestia de sal. Não havia lugar onde se pudesse encontrar um torrãozinho sequer; nem mesmo no mar.

Pois bem, vivia numa certa cidade um cozinheiro que tinha uma máquina capaz de produzir sal. Vai daí que esse mestre de cozinha ficou famoso, pois era o único capaz de temperar o alimento de seu restaurante, com sal. Apesar de muita gente tentar descobrir a origem do sal, ele mantinha severo segredo.

O Rei, certo dia, recebeu, de um dos seus súbditos, uma amostra da comida temperada com o sal. Gostou tanto, que resolveu adquirir de qualquer maneira a fórmula, única, de produzir o sal. Mas, o famoso cozinheiro não tinha a intenção, nem para um Rei, de revelar o seu segredo, que era o principal sustento da família. O Rei então prometeu ao cozinheiro real uma fortuna se conseguisse descobrir o segredo daquele homem.

O cozinheiro real então tratou de viajar até à cidade do mestre de cozinha que produzia sal. Com muita conversa e fingida amizade, conseguiu que o mestre de cozinha, cheio de inocência, revelasse que o sal era produzido por uma máquina toda a vez que ele dizia determinada palavra mágica; e fez pior, demonstrou o funcionamento da máquina. Não deu outra, durante a noite, enquanto o mestre de cozinha dormia com a família, o cozinheiro real foi até ao restaurante, roubou a máquina e perna p’ra que te quero.

Chegando à casa real, anunciou ao Rei que descobrira o segredo e para prová-lo prepararia um jantar especial. O Rei, então, para comemorar, resolveu realizar o jantar no seu luxuoso navio. Para tanto, convidou todos os nobres de seu reino.

O cozinheiro real preparou a máquina e pronunciou a palavra mágica, e ela desandou a produzir sal e o jantar ficou espetacular. Mas enquanto os nobres se divertiam, o cozinheiro real viu-se diante de um problema. A máquina não parava de produzir sal, pois a palavra mágica que a fazia funcionar não era a mesma para desligá-la. Não demorou muito e o navio estava coberto de sal e, com o peso, afundou, arrastando para o fundo, o Rei, os nobres, o cozinheiro real e a máquina que continua ligada até hoje, enchendo o mar de sal.»

​​​​​Manuel


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Comentários

Rozeter disse…
Hoje estive em Aveiro com um amigo alemão viaja mos pelos canais da cidade nos moliceiros gostamos foi uma hora e meia.
Depois viajamos no autocarro turístico de dois pisos aberto por cima foi uma seca, passamos por Ílhavo e numa retunda li num painel Gafanha da Nazaré, não sabia que era perto de Aveiro!? Lembrei-me do RIbau.
Uma pergunta? Li na tua Crónica no Facebook 305, eras tu da Companhia 305 do B.C.E. 357? Eu era da companhia 307
Abç

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