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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 335



POSTAL DO PORTO – 200 


BENTO XVI 


Caríssima/o

Quando estou a escrever ainda não há fumo branco, motivo por que intitulo desta maneira. Hesitei, pensei mesmo duas vezes, antes de me sentar para escrever sobre o Papa; contudo, li tantas e tais afirmações e opiniões que concluí que por mais abstrusas que fossem as minhas palavras não ficariam mal em semelhante contexto. Mas será que tenho algo para dizer que caiba no postal? 

Falando de papas, recuo logo a João XXI (1210-1277), o nosso Papa que, embora por pouco tempo mostrou o seu valor: eleito a 20 de setembro de 1276, morreu a 20 de Maio do ano seguinte. Como se costuma dizer, quem souber bem procurar mais algum (papa português) há-de achar. 

Depois enfileiram os que preenchem a minha memória, de Pio XII (1939-1958), passando por João XXIII (1958-1963), Paulo VI (1963-1978), João Paulo I (1978), João Paulo II (1978-2005), até Bento XVI (2005-2013). Sinceramente, foi a figura de João XXIII, o Bom Papa João, que me bateu à porta nos meus dezoito anos; mais tarde, no Ano Santo de 1975, em Roma, Paulo VI pontificava. Passado poucos anos, o sorriso do primeiro João Paulo derreteu muita presunção. De João Paulo II e Bento XVI está tudo dito; apesar disso, atrevo-me a repetir uma ideia ouvida ontem: «para fazer pão é preciso misturar a massa com o fermento e mexer e remexer… Depois a massa tem de repousar. Ora, João Paulo II mexeu-se e fez mexer; a seguir Bento XVI foi o tempo de descanso necessário para se obter bom pão… 

Deste último Papa destaco duas afirmações: 

“Acreditar não é mais do que, na escuridão do mundo, tocar a mão de Deus.” 

Concluindo: 

[Agora] sou simplesmente um peregrino que inicia a última etapa da sua peregrinação nesta terra.” 

Manuel


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