segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Um olhar sobre o sal

Por Ana Maria Lopes


Fruí desde muito jovem o sabor do salgado aveirense, pois o ambiente convidava-me e o Marintimidades de hoje já me bulia.
Pelos anos 50/60, sempre que alguém me levava à empresa, na Gafanha da Nazaré, para além dos estaleiros, dos navios e da laguna envolvente e sedutora, lá tinha aquele espectáculo deslumbrante diante da vista – de Julho a Setembro, montes de sal até onde a vista alcançava. E aprendi a vê-los, a amá-los e a com eles conviver.
E o Marintimidades de outrora, para mim, já tinha um não sei quê desalinidades.
Esta tendência, porventura, natural, genética, quem sabe, foi trabalhada na disciplina de Linguística Portuguesa I e II, sobretudo com o impulso do professor Paiva Boléo, defensor da escola «Coisas e palavras», que tinha por base o cruzamento da linguística com a etnografia. E cedo, trabalhei no terreno, depois de bibliográfica e logisticamente, bem preparada.
 

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