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O cabo, o engenheiro e a atitude desmanchada deste

História da Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro


Dique da Gafanha - 1930

O engenheiro saiu "gesticulando e gritando, numa atitude tão desmanchada, em plena rua e adiante de subordinados, dele e meus, do respeito que deve a si próprio e ofendendo-me a mim, desprestigiando-me e desautorando-me no exercício das minhas funções".

Na origem do episódio esteve o facto do trabalhador Manoel Monteiro Claro não ter respeitado a advertência do guarda pelo incumprimento do artigo n.º 2 da ordem de Serviço de 18 de Setembro de 1929 e, na sequência da reprimenda ter "abandonado o serviço de maroto" para ir fazer outra tarefa. Tendo-lhe ordenado que retomasse, imediatamente, o trabalho de picagem que estava a fazer "para que não fosse tempo perdido e dinheiro mal gasto como sucede noutros casos como a porção de railes e um chassi de uma vagoneta" que foram "picados e repicados e estão cobertos de ferrugem por não terem sido mandados pintar convenientemente". 

Participação do Cabo da Polícia, Salvador Garcia, sobre o comportamento de um Eng. da Junta Autónoma referente a uma ordem que tinha dado a um trabalhador, Forte da Barra, em 13 de Novembro de 1930.

Exposição patente no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré até 28 de abril.

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