23 de Novembro de 2011
Auditório do Museu da Cidade de Aveiro, 18.30 horas
Auditório do Museu da Cidade de Aveiro, 18.30 horas
Marnoto
«Marnotos da Ria de Aveiro: Homens robustos e tisnados, que trabalhavam normalmente, de sol a sol, de Fevereiro a Setembro, nas marinhas de sal. Numa mão traziam o ancinho, noutra o ugalho da lama ou o rapão do sal. Carregavam pesadas canastras cheiinhas de sal das salinas para as eiras e destas para os barcos saleiros. Tanto podiam ser cagaréus, como oriundos de localidades como a Gafanha da Nazaré, Mira, Aradas ou mesmo, Trás-os-Montes. Na sua maioria eram homens de fora do concelho, vinham para a marinha à segunda-feira e só regressavam a casa à sexta-feira. Dormiam no chão de feno ou de junco, ou numa caminha de madeira, no palheiro, onde também comiam o parco comer das provisões acarretadas.
No século XIX, o operário salícola trajava manaia (espécie de calção) e camisa branca em linho ou tecido cru, sem colarinho e sem punhos; faixa preta ou encarnada; barrete de fazenda de lã ou chapéu preto de aba larga e lenço vermelho de algodão estampado.»
Fonte: Boletim Municipal / Cultura e Património, ed. CMA, Dez. 1997, p. 48.
1 comentário:
Muito folclorico, mas nunca vi um marnoto com faixa prêta ou encarnada, o chapeu era de palha e abas largas para abrigar o rosto do calor. Conheci-os com o lenço
"tabaqueiro" vermelho, de que se serviam para assoar o nariz, Será?
Angelo Ribau
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